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Envolvida em polêmica, prefeita de Roma diz que não renunciará

Virginia Raggi é investigada por um suposto crime de abuso de poder na nomeação de um secretário

Virginia Raggi: prefeita foi interrogada ontem durante oito horas (Alessandro Bianchi/File photo/Reuters)

Virginia Raggi: prefeita foi interrogada ontem durante oito horas (Alessandro Bianchi/File photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 12h04.

Roma - A prefeita de Roma, Virginia Raggi, garantiu nesta sexta-feira que não tem intenção de renunciar e que recebeu o apoio de seu partido, o Movimento 5 Estrelas (M5S), depois de serem revelados mais detalhes sobre a investigação por um suposto crime de abuso de poder na nomeação de um secretário.

Virginia foi interrogada ontem durante oito horas sobre nomeação de Renato Marra para chefiar a Secretaria de Turismo da capital italiana, supostamente sugerida por seu irmão, Raffaele Marra, ex-chefe do Departamento Pessoal da prefeitura detido em dezembro por corrupção.

Durante a investigação foi revelado que o atual chefe de gabinete da Prefeitura de Roma, Salvatore Romeo, contratou um seguro de vida por um valor de 30 mil euros em nome de Virginia quando ainda não era prefeita.

Os investigadores querem esclarecer o motivo deste seguro de vida, cuja existência Virginia alegou desconhecer e afirmou estar "desconcertada" por este gesto de um de seus mais próximos colaboradores.

A prefeita disse aos veículos de imprensa que este tipo de seguro de vida se pode ser usado como "investimento" e que "não precisa ser assinado" pela pessoa beneficiada.

Virginia explicou que teve uma conversa telefônica nesta sexta-feira com o líder do M5S, Beppe Grillo, que confirmou seu apoio.

A situação da prefeita de Roma se complica com deste último detalhe do seguro de vida após já estar sendo investigada por abuso de poder ao não impedir que Raffaele Marra interviesse na nomeação de seu próprio irmão.

Além disso, Virginia é acusada pelo crime de fraude, já que aparentemente disse à Autoridade Nacional Anticorrupção (Anac) que havia escolhido a Renato Marra com plena autonomia.

Antes da detenção de Marra por receber comissões ilegais do construtor também detido Sergio Scarpellini, a prefeita tinha defendido com veemência seu secretário, inclusive perante as dúvidas de alguns membros do M5S.

Por isso, além da oposição, que pede explicações à prefeita, também dentro do M5S se discute a figura de Virginia.

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