Mundo

Enviado dos EUA pede que Coreia do Norte retome diplomacia

A autoridade pediu ao país que retome as negociações para sua desnuclearização

Soldados da Coreia do Norte, trabalhadores e estudantes colocam flores nas estátuas do fundador do país, Kim II-sung e seu filho, Kim Jong-Il (Reuters/KCNA)

Soldados da Coreia do Norte, trabalhadores e estudantes colocam flores nas estátuas do fundador do país, Kim II-sung e seu filho, Kim Jong-Il (Reuters/KCNA)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 08h25.

Seul - O enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Glyn Davies, que chegou nesta segunda-feira a Seul em visita oficial, pediu ao regime comunista "demonstrar sua intenção de voltar à diplomacia" e retomar as negociações para sua desnuclearização.

O enviado, que visitará nesta semana Coreia do Sul, China e Japão para analisar o estado da península coreana, considerou que "é o momento de a Coreia do Norte retomar o caminho da desnuclearização e começar a dar passos que mostrem sua intenções de voltar à diplomacia", informou a agência "Yonhap".

Os EUA fazem parte, com a Coreia do Sul, a China, o Japão e a Rússia, da mesa para tentar retomar o diálogo que procura encerrar o programa nuclear do regime do líder Kim Jong-un, e que está paralisado por Pyongyang desde 2008.

Em sua chegada ao aeroporto sul-coreano, Davies ressaltou ainda a importância de a China, principal aliada de Pyongyang, ter cortado laços com a maior entidade financeira da Coreia do Norte como punição por seu último teste nuclear, o que considerou "um sinal promissor".

Neste sentido, para Davies a decisão no início do mês do Banco da China de suspender sua ligação com o Banco de Comércio Estrangeiro norte-coreano é um movimento "muito interessante" por considerá-lo um sinal que Pequim está tomando uma postura mais dura com o regime comunista.


O enviado americano chegou a Seul para se reunir a partir de amanhã com as autoridades da Coreia do Sul com o objetivo de abordar a situação atual na península coreana, em um momento de relativa tranquilidade, após a campanha de ameaças da Coreia do Norte.

Em suas próximas reuniões, Davies espera analisar "os passos dados" até o momento e "se existem outras formas" de "mandar uma contundente e unitária resposta à Coreia do Norte", detalhou.

Sobre a aparente situação de calma na Coreia do Norte, que segundo a inteligência americana teria recuado mísseis preparados para lançamento no litoral oriental norte-coreano, Davies avisou que "muitas vezes" Pyongyang "cria a impressão de diminuir a tensão" embora não o faça realmente.

"Acho que haverá redução da tensão e progresso diplomático quando a Coreia do Norte começar a assumir suas obrigações" com a comunidade internacional, concluiu o emissário. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulDiplomaciaEstados Unidos (EUA)GuerrasPaíses ricos

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo