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Enviado dos EUA para Oriente Médio crê ser 'quase impossível' Irã retomar plano nuclear

Apesar de relatório preliminar indicar o contrário, Steve Witkoff reafirma que o Irã não pode retomar seu programa nuclear após os bombardeios

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 25 de junho de 2025 às 09h48.

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou nesta terça-feira que é "quase impossível" para o Irã retomar seu programa nuclear após o bombardeio americano a três de suas instalações, apesar da divulgação na imprensa de um relatório preliminar de inteligência que indica o contrário.

"As três instalações tiveram a maioria das centrífugas, senão todas, danificadas ou destruídas de tal forma que será quase impossível para eles ressuscitar esse programa, na minha opinião e na de muitos outros especialistas que viram os dados brutos. Levará anos", disse Witkoff em entrevista à rede de televisão Fox News.

Segundo o relatório preliminar que circulou na imprensa americana, no entanto, o programa nuclear iraniano teria sido atrasado em apenas alguns meses após a ofensiva do fim de semana contra as instalações de Isfahan, Natanz e Fordow.

"As notícias que de alguma forma sugerem que não alcançamos o objetivo são completamente absurdas", acrescentou Witkoff, que acusou de "traição" quem vazou essa informação.

O enviado especial ressaltou que o vazamento deve ser investigado e seu autor deve ser responsabilizado. "Poderia prejudicar vidas no futuro. É totalmente inaceitável", alegou.

Em linha com o que foi declarado tanto pelo presidente, Donald Trump, quanto pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, os bombardeios sobre essas instalações, de acordo com Witkoff, atingiram seu objetivo e facilitaram o alcance de um cessar-fogo entre Israel e Irã.

"Uma vez que Israel cumpriu seu objetivo, o que fez, e assim que os Estados Unidos cumpriram o seu de destruição total da capacidade de enriquecimento (de urânio), então o presidente pôde ir a ambas as partes e conseguir um cessar-fogo", acrescentou.

Para ele, é hora de negociar mais a longo prazo o fim das hostilidades. "Eliminar este risco era crucial para o futuro econômico e a prosperidade de toda a região do Golfo, e nós conseguimos. Portanto, agora é o momento de nos reunirmos com os iranianos e alcançar um acordo de paz abrangente, e estou muito confiante de que conseguiremos", reforçou.

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