Representante da Venezuela foi escolhido pelo opositor e autointitulado presidente Juan Guaidó (Manaure Quintero/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de abril de 2019 às 16h08.
Washington — Escolhido pelo opositor Juan Guaidó, líder do Parlamento da Venezuela e autoproclamado presidente do país, como representante venezuelano na Organização de Estados Americanos (OEA), Gustavo Tarré participou de uma reunião do grupo pela primeira vez nesta quarta-feira.
Tarré ocupou a cadeira da Venezuela durante uma sessão protocolar do Conselho Permanente da OEA destinada a receber o presidente do Equador, Lenín Moreno.
No Twitter, o representante, que assumiu como embaixador designado pelo Parlamento há uma semana, publicou uma foto na qual está sentado na cadeira com o letreiro com o nome do país e uma pequena bandeira venezuelana.
"Já sentado na cadeira da Venezuela representando o povo democrático do nosso país", escreveu na rede social.
Advogado de profissão, Tarré tem a companhia da equipe formada por María Alexandra Sanglade, renomada ministra conselheira e Rafael Castillo, primeiro-secretário e jornalista de profissão.
O Conselho Permanente da OEA aprovou no último dia 9 uma resolução através da qual aceita a nomeação do advogado como representante permanente da Venezuela, "após ter sido escolhido pela Assembleia Nacional, até que sejam realizadas novas eleições e ocorra a nomeação de um governo democraticamente eleito".
O texto identifica Tarré como representante da Assembleia Nacional, presidida por Guaidó, e não menciona a Venezuela, mas os países que aprovaram a resolução e a Secretaria Geral da OEA o interpretaram como um reconhecimento para que possa exercer o cargo de embaixador.
Os diplomatas venezuelanos fiéis ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não estiveram na reunião de hoje. No entanto, defenderam que a cadeira da Venezuela lhes pertence até o próximo dia 27, quando será consumada a solicitação feita pelo governo há dois anos para sair da organização.
A OEA declarou ilegítima a posse de Maduro em 10 de janeiro, mas não aprovou resolução alguma que especificamente reconheça Guaidó como presidente da Venezuela.