Mistura: o enviado convoca agora um novo encontro em Genebra depois de o Conselho de Segurança aprovar o envio de observadores das Nações Unidas à Síria (Denis Balibouse/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 18h00.
Genebra - O enviado especial da ONU para o conflito na Síria, Staffan de Mistura, anunciou nesta segunda-feira sua intenção de retomar as negociações para tentar pôr fim ao conflito no país no próximo dia 8 de fevereiro, na cidade suíça de Genebra.
"O enviado especial anuncia que a intenção da ONU é convocar as negociações em Genebra para 8 de fevereiro", afirmou seu porta-voz em comunicado.
A última rodada de conversas de paz sobre a Síria aconteceu em abril e, após seu fracasso, Mistura evitou convocar novas reuniões ao considerar que não haviam as condições necessárias.
O enviado da ONU convoca agora um novo encontro em Genebra depois de o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução que estabelece o envio de observadores das Nações Unidas à Síria para que supervisionem a evacuação de civis e rebeldes do leste de Aleppo.
Mistura espera que esta decisão "possa ser o começo da restauração da unidade do Conselho de Segurança", o que pode dar um novo impulso às negociações.
O enviado especial perante o Conselho de Segurança, que trabalhou intensamente para a retomada das negociações formais de paz em Genebra, consultará até o próximo dia 8 de fevereiro as partes em conflito e um "amplo espectro" de atores sírios relevantes, assim como países da região e a comunidade internacional em geral, a fim de preparar as negociações "com cuidado".
Nesse sentido, Mistura acompanhará com "interesse" a reunião trilateral que acontecerá amanhã em Moscou entre Rússia, Turquia e Irã sobre o conflito sírio, indicou seu porta-voz.
Rússia e Irã estão do mesmo lado no conflito sírio, no qual apoiam o regime de Bashar al Assad, tanto política quanto militarmente, e os aviões russos e as milícias iranianas participaram ativamente nos combates.
Enquanto isso, russos e turcos se aproximaram nas últimas semanas, até fecharem o acordo de evacuação de civis e combatentes rebeldes da cidade de Aleppo.