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Enviado da ONU entrega convites para negociação sobre Síria

As negociações deveriam ter começado ontem, mas as dúvidas sobre quem fará parte da delegação opositora adiaram seu início


	Staffan de Mistura: ONU pediu a Mistura que a representação síria fosse o mais ampla, representativa e inclusiva possível
 (Denis Balibouse/Reuters)

Staffan de Mistura: ONU pediu a Mistura que a representação síria fosse o mais ampla, representativa e inclusiva possível (Denis Balibouse/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 13h21.

Genebra - O enviado especial da ONU para o conflito sírio, Staffan de Mistura, entrega hoje os convites aos participantes da nova rodada de negociações de paz que começarão na próxima sexta-feira em Genebra, informou seu porta-voz nesta terça-feira.

As negociações deveriam ter começado ontem, mas as dúvidas sobre quem fará parte da delegação opositora adiaram seu início.

Ao anunciar a nova data de realização das conversas, Mistura não quis dizer quem convidaria e quem não e ressaltou que o debate sobre que grupo é considerado terrorista e qual não está aberto.

O comunicado de hoje também não faz referência aos convidados e se limita a indicar que os envios levaram em conta o solicitado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Este órgão pediu a Mistura que a representação síria fosse o mais ampla, representativa e inclusiva possível.

Síria e Rússia insistiram que não aceitarão como interlocutores os grupos que eles consideram terroristas.

Na quinta-feira foi anuncioada em Riad a delegação opositora, composta por 17 pessoas, presidida pelo general desertor Assad al Zubi e com Mohammed Alloush, responsável pelo Exército do Islã, como negociador.

O grupo liderado por Alloush é considerado por Rússia e Síria uma organização terrorista.

O mediador explicou que a ideia é que o processo negociador dure seis meses e estimou que a primeira parte das discussões durará dois ou três semanas e depois serão suspensas para que os participantes possam consultar suas bases.

Sobre o formato da reunião, Mistura disse que as consultas serão indiretas e serão regidas pela flexibilidade.

Em relação aos pontos a tratar, a prioridade será tentar alcançar um cessar-fogo, já que a cessação das hostilidades é fundamental para que haja um acesso sem impedimentos à assistência humanitária no país.

Uma vez conseguida a cessação das hostilidades, as negociações se centrarão em três assuntos: como governar o país, a reforma da Constituição e a realização de eleições.

Segundo dados da ONU, em quase cinco anos de guerra morreram 260 mil pessoas na Síria e mais de 12 milhões de sírios, entre eles 5,5 milhões de crianças, precisam de assistência humanitária imediata.

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