Mundo

Em entrevista ao Financial Times, Hugo Chávez defende sua política econômica

A economia venezuelana teve queda de 3,3% em 2009, e de 5,4% no primeiro trimestre de 2010

Chávez defendeu a política econômica e social que aplicou ao longo dos mais de 11 anos que está no poder (.)

Chávez defendeu a política econômica e social que aplicou ao longo dos mais de 11 anos que está no poder (.)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2010 às 19h43.

Londres - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu a política econômica e social que aplicou ao longo dos mais de 11 anos que está no poder, apesar da profunda recessão e da elevada inflação registrada no país, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal Financial Times (FT).

"A Venezuela teve 22 trimestres consecutivos de crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB)", declarou Chávez ao jornal econômico londrino. "Nos últimos seis anos, o crescimento foi de 7,8% (...), e houve inclusive um ano em que o crescimento foi de 12%, apenas inferior à China."

As cifras atuais são, no entanto, muito diferentes. A economia venezuelana teve queda de 3,3% em 2009, e de 5,4% no primeiro trimestre de 2010, o que representa o quarto período consecutivo de baixa da economia e o pior resultado de todo o subcontinente.

Citando o Morgan Stanley, o FT publicou previsões de novas retrações de 6,2% em 2010 e 1,2% em 2011.

A taxa de inflação é também a maior de toda a região, com 31,2% interanual no mês de maio.

"Certamente, a inflação continua alta. Mas na década passada chegou à media de 80%. E houve um ano em que chegou a 100%, em 1996", explicou Chávez ao FT, que não informa quando a entrevista foi realizada.

Apesar das críticas suscitadas em Estados Unidos e Europa, o presidente venezuelano argumentou que as nacionalizações de indústrias estratégicas iniciadas em 2007 lhe ajudaram a financiar programas sociais de luta contra a pobreza.

"Quando chegamos, a pobreza chegava a 60% (da população). Hoje é de 23%. A extrema pobreza era de 25%, hoje é de 5%", explicou.

Além disso, completou que desde que subiu à presidência em 1999, o gasto com programas sociais quintuplicou, até alcançar atualmente "uma média de 30 bilhões anuais em educação, moradia, seguridade social".

"Enfrentamos essa crise econômica (mas) creio que superamos (nossos problemas)", completou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaVenezuela

Mais de Mundo

Qual visto é necessário para trabalhar nos EUA? Saiba como emitir

Talibã proíbe livros 'não islâmicos' em bibliotecas e livrarias do Afeganistão

China e Brasil fortalecem parceria estratégica e destacam compromisso com futuro compartilhado

Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump