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Entrada de mulheres pela 1ª vez em templo hindu na Índia gera protestos

O Supremo Tribunal da Índia suspendeu a proibição imposta às mulheres de entre 10 e 50 anos, por serem consideradas impuras

Protesto na Índia contra a entrada de mulheres em um templo (Sivaram V/Reuters)

Protesto na Índia contra a entrada de mulheres em um templo (Sivaram V/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 11h50.

Nova Délhi - Duas mulheres entraram nesta quarta-feira no templo hindu Sabarimala, em Kerala (Índia), as primeiras desde que em setembro o Supremo Tribunal suspendeu a proibição imposta às mulheres de entre 10 e 50 anos (em idade de menstruar), por serem impuras.

"Duas mulheres entraram no templo Sabarimala. Enviamos ordens à polícia para que proporcionasse toda a proteção possível a qualquer mulher que queira entrar no templo", afirmou a jornalistas o chefe de Governo de Kerala, Pinarayi Vijayan.

Ambas as mulheres entraram no templo durante a madrugada e escoltadas por vários agentes da ordem, depois que nos últimos meses dezenas de mulheres tentaram sem sucesso terminar a peregrinação a Sabarimala e foram impedidas por centenas de devotos e manifestantes de grupos de extrema-direita hinduístas.

Porém, a entrada das mulheres ao templo não foi isenta de protestos, muito pelo contrário.

"Atualmente há alguns problemas em Trivandrum, Kozhikode e Palakkad. A situação está sob controle neste momento, não há violência, a polícia está desdobrada em todas as áreas", indicou à Efe um porta-voz da polícia de Kerala, Praveen Drobalpillai.

Imagens divulgadas por veículos de imprensa locais mostram duas mulheres vestidas de preto com as cabeças cobertas com lenços entrando no templo entre uma multidão de homens, após terem realizado uma caminhada de 5 quilômetros desde a cidade de Pamba.

A sentença do principal órgão judicial foi ditada após um pedido feito em 2006 pela Associação Indiana de Jovens Advogados.

A decisão judicial suscitou protestos dos crentes no deus solteiro hindu Ayyappa, assim como da seção regional do partido BJP do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e do histórico Partido do Congresso, que se uniram aos devotos durante as manifestações para impedir o acesso de mulheres ao templo.

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