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Entidade do Reino Unido contesta crédito para Petrobras

Londres - A entidade fiscalizadora britânica Corner House disse hoje que o governo do Reino Unido não questionou o risco de uma explosão ao dar garantias financeiras para a construção da plataforma P52 da Petrobras, na Bacia de Campos. A plataforma opera a uma profundidade muito maior que a da Deepwater Horizon, da British Petroleum […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Londres - A entidade fiscalizadora britânica Corner House disse hoje que o governo do Reino Unido não questionou o risco de uma explosão ao dar garantias financeiras para a construção da plataforma P52 da Petrobras, na Bacia de Campos. A plataforma opera a uma profundidade muito maior que a da Deepwater Horizon, da British Petroleum (BP), que enfrenta um vazamento de óleo há 72 dias no Golfo do México. A informação é da agência canadense de notícias Canadian Press.

Em 2005, o Departamento de Garantias de Crédito para Exportação (ECGD, na sigla em inglês) deu garantias de crédito de US$ 52 milhões para a PB Netherlands, subsidiária holandesa da Petrobras, em apoio aos contratos de companhias britânicas envolvidas na construção da plataforma P52. Em reação às declarações da Corner House, a agência governamental britânica disse que seguiu as normas que se aplicavam na época, mas que a partir de agora deverá considerar a possibilidade de explosões em casos do mesmo tipo.

"O fato é que um poço de petróleo de grande profundidade sempre tem risco de explosão. Havia perguntas que deveriam ter sido feitas, como se as válvulas de segurança eram adequadas, e eles deveriam ter questionado sobre os planos de reação em caso de explosão", disse o pesquisador Nick Hildyard, da Corner House. A P52 extrai petróleo a uma profundidade de 1.800 metros, enquanto a Deepwater Horizon trabalhava a 1.260 metros.

"O projeto foi avaliado por nós e por outras agências de crédito a exportações envolvidas e concluímos que ele se adequava aos padrões internacionais da época, que não faziam menção a explosões", disse o porta-voz do ECGD, Steve Roberts-Mee.

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