São Paulo - O vice-presidente da República, Michel Temer, é o nome preferido dos militares para assumir o Ministério da Defesa em caso de saída de Nelson Jobim.

A pasta é responsável por exercer a direção superior das Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica. Portanto, um bom relacionamento com os militares é fundamental para o ocupante do posto.

Temer tem um perfil parecido com o de Jobim e acompanhou o ministro em vários eventos ligados aos militares nesses primeiros meses do governo Dilma.

Vale lembrar, no entanto, que o nome de Temer não está garantido. A presidente Dilma Rousseff já surpreendeu a todos com escolhas inesperadas, como a de Glesi Hoffmann para a Casal Civil, e a de Ideli Salvati para a Secretaria de Relações Institucionais.

Veja quais são os pontos que jogam a favor de Michel Temer na visão dos militares:

1 - Temer é do PMDB

Assim como Nelson Jobim, o vice-presidente da República, Michel Temer, é do PMDB. Isso é visto com bons olhos pelos militares, que não morrem de amores pelo PT.

2 - Temer não é de esquerda

O vice-presidente da República, Michel Temer, já foi aliado dos tucanos no passado e não tem relação com a esquerda em sua história política. O perfil político é parecido com o de Jobim, que participou do governo Fernando Henrique Cardoso.

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3 - Temer é da área jurídica

Assim como Nelson Jobim, o vice-presidente Michel Temer fez curso de Direito e tem enorme conhecimento jurídico. Na avaliação dos militares, Temer saberá respeitar a Constituição e não vai criar conflitos desnecessários com o passado (período da Ditadura Militar).

4 - Temer já tem um cargo importante

É sabido que os militares não gostam de ser subordinados a pessoas que não têm cargo elevado. O posto de vice-presidente da República dá prestígio a Michel Temer, que acumularia os dois postos. Isso já aconteceu no governo Lula, quando o vice-presidente José Alencar também era ministro da Defesa.

5 - Temer tem condições de lutar por verbas

O Ministério da Defesa foi um dos que mais sofreram com os cortes de gastos promovidos por Dilma Rousseff. Os militares avaliam que faltou força política a Nelson Jobim na briga por recursos. Michel Temer, por ser o vice-presidente da República, teria mais condições de reivindicar verbas.