Pessoas protestam a favor e contra a independência da Escócia (Dylan Martinez/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2014 às 09h54.
Edimburgo - Três novas enquetes sobre intenções de voto dão uma ligeira vantagem ao "não" à independência da Escócia para o referendo de amanhã, enquanto os políticos de ambos lados fazem nesta quarta-feira um último esforço para convencer os indecisos.
Uma pesquisa da empresa Opinium para o jornal britânico "The Daily Telegraph", outra da ICM para o jornal escocês "The Scotsman" e uma terceira da Survation para ao tabloide "Daily Mail" preveem vitória do "não" à cisão, mas por pouca margem.
Excluídos os indecisos, as três consultas dão ao "não" um apoio de 52% contra 48 % do "sim".
O debate sobre a independência se intensificou nos últimos dias, mas especialmente depois que uma pesquisa publicada no último dia 7 deu pela primeira vez o triunfo ao "sim".
Quando faltam poucas horas para o começo desta votação histórica, o primeiro-ministro do governo autônomo da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, pediu aos eleitores que deixem para trás os argumentos políticos e compareçam amanhã às urnas para apoiar a independência.
Em carta dirigida aos eleitores e divulgada hoje pelos meios de comunicação britânicos, Salmond afirma que as discussões estão chegando quase a seu fim e é hora de tomar uma decisão.
"Restamos agora nós, o povo que vive e trabalha aqui. Os únicos que vão votar. As pessoas que importam, as pessoas que por valiosas horas durante o dia da votação terão a soberania, o poder e a autoridade em suas mãos", ressalta Salmond na carta.
Os políticos trabalhistas Gordon Brown (ex-primeiro-ministro britânico) e Alistair Darling (antigo ministro da Economia) farão hoje um último esforço em Glasgow para pedir aos escoceses que apoiem o "não".
Os escoceses maiores de 16 anos estão convocados amanhã às urnas para responder com um "sim" ou um "não" à pergunta de se querem que a Escócia seja independente do Reino Unido.