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Engenheiros conseguem ligar cabo elétrico a reator de Fukushima

Objetivo agora é religar a energia no reator 2 para que o sistema de resfriamento volte a funcionar

Usina nuclear de Fukushima: maior preocupação é com o reator 4 (AFP)

Usina nuclear de Fukushima: maior preocupação é com o reator 4 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 16h24.

Viena - Os engenheiros japoneses conseguiram conectar um cabo elétrico externo ao reator 2 da usina nuclear de Fukushima, embora ainda não tenham religado o fluxo de energia à usina, segundo informou o Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"As autoridades japonesas informaram à AIEA que os engenheiros foram capazes de conectar um cabo externo à rede elétrica da unidade 2", indicou a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) em comunicado. A operação foi finalizada às 5h30 do horário de Brasília.

A AIEA acrescentou que pretende "voltar a conectar a energia à unidade 2, uma vez que o borrifado de água sobre o edifício do reator da unidade 3 tenha sido completado".

A agência da Organização das Nações Unidas garante que a irrigação do reator 3 se deteve às 8h09 do horário de Brasília, sem especificar mais detalhes.

A volta da eletricidade seria um passo positivo nos trabalhos para iniciar o sistema de refrigeração do reator, que como os outros cinco de Fukushima foi atingido após o terremoto e posterior tsunami da sexta-feira passada.

A AIEA já assinalou nos últimos dias que o compartimento de contenção do reator 2 está parcialmente danificada, o que agrava um risco de fuga radioativa.

Graham Andrew, assessor cientista do diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, declarou nesta quinta-feira à imprensa em Viena que a situação continua sendo "muito séria", embora não piorou desde quarta-feira.

O reator 4 da usina atômica é o que levanta a "maior preocupação", assegurou, já que não se sabe nada sobre o nível de água nos reservatórios de combustível nuclear usado.

Além disso, se desconhece a temperatura da água nesses reservatórios desde o dia 14 de março, quando era de 84 graus centígrados, por isso que especialistas da AIEA não descartam que desde então tenha começado a ferver.

Segundo os dados da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), os reatores 1, 2 e 3 estão "relativamente estáveis", enquanto os níveis de água nos compartimentos de segurança nos reatores 5 e 6 "desceram", disse Andrew.

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