Mundo

Enfermeira questiona quarentena no Maine por temor do Ebola

Enfermeira norte-americana não planeja seguir as diretrizes que exigem que ela fique em quarentena até o dia 10 de novembro


	Ebola: advogados de Hickox declararam que as autoridades do Maine terão que ir aos tribunais para impor uma quarentena
 (Marco Bertorello/AFP)

Ebola: advogados de Hickox declararam que as autoridades do Maine terão que ir aos tribunais para impor uma quarentena (Marco Bertorello/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 12h21.

Washington - Kaci Hickox, a enfermeira norte-americana que testou negativo para o ebola depois de voltar da África Ocidental, disse nesta quarta-feira que irá questionar as restrições de seu Estado natal, o Maine, e que não planeja seguir as diretrizes que exigem que ela fique em quarentena até o dia 10 de novembro.

“Se as restrições impostas a mim pelo Estado do Maine não forem suspensas até a manhã de quinta-feira, irei ao tribunal lutar pela minha liberdade”, declarou ela em uma entrevista ao programa “Today”, do canal de televisão NBC.

Em várias entrevistas à mídia, Hickox afirmou estar bem de saúde e não exibir nenhum sintoma do vírus que assinale o período no qual uma pessoa infectada pode transmitir a doença. Falando em sua casa de Fort Kent, no Maine, ela disse que vem monitorando e medindo a temperatura duas vezes por dia.

Mas ela criticou veementemente as diretrizes estaduais que exigem que ela permaneça isolada em casa por 21 dias – tempo máximo de incubação do vírus –, declarando estar “abismada” com as restrições, que considera inconstitucionais e não serem baseadas na ciência.

“Não pretendo me ater às diretrizes”, disse ela à NBC.

Os advogados de Hickox declararam aos canais ABC e NBC que as autoridades do Maine terão que ir aos tribunais para impor uma quarentena e que, se o Estado o fizer, sua cliente irá contestar a medida.

Hickox trabalhou com a organização Médicos Sem Fronteiras para ajudar a tratar pacientes com o vírus em Serra Leoa e questionou seu isolamento inicial em Nova Jersey.

“Eu me sinto absolutamente ótima”, declarou no programa “Good Morning America”, da ABC. “Estou totalmente livre dos sintomas.” (Por Susan Heavey)

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDoençasEbolaEpidemiasEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado