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Enclave africâner branco presta respeito relutante a Mandela

Porém, mesmo em Orania, onde uma pequena comunidade de africâners isolou-se com o objetivo de preservar sua cultura e linguagem a todo custo, Mandela gera respeito


	Mandela: "Pode-se genuinamente simpatizar com a morte de uma pessoa que é pai de alguém, marido, amigo de outros sem se apaixonar por ela", disse Boshoff, presidente do Movimento Orania 
 (Chris Jackson/Getty Images)

Mandela: "Pode-se genuinamente simpatizar com a morte de uma pessoa que é pai de alguém, marido, amigo de outros sem se apaixonar por ela", disse Boshoff, presidente do Movimento Orania  (Chris Jackson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2013 às 15h25.

Orania - Embora a morte do líder antiapartheid Nelson Mandela tenha desencadeado uma onda de tristeza coletiva ao longo da geralmente tensa divisa racial na África do Sul, os olhos permaneceram secos num enclave africâner branco no coração do país.

Mas mesmo em Orania, onde uma pequena comunidade de africâners isolou-se com o objetivo de preservar sua cultura e linguagem a todo custo, o ícone global que pregou uma ideologia contrastante de integração racial gera respeito.

Horas após o presidente Jacob Zuma anunciar a morte do líder de 95 anos de idade, sul-africanos de todas as etnias foram às ruas e à Internet para expressar pesar após seu falecimento e celebrar sua vida memorável.

O ex-presidente F.W. De Klerk, o último presidente branco que ajudou a desmontar o sistema do apartheid de racismo institucionalizado, disse que africâners têm "sentimentos muito positivos sobre Nelson Mandela" e prestarão luto por sua morte.

No entanto, na Orania, os cerca de 1.000 residentes se mostraram impassíveis.

"Pode-se genuinamente simpatizar com a morte de uma pessoa que é pai de alguém, marido, amigo de outros sem se apaixonar por ela", afirmou o presidente e filho do fundador do Movimento Orania, Carl Boshoff.

"Mas ele foi um grande indivíduo. Reconhecemos isso, podemos vê-lo e, dessa maneira, podemos dizer que compartilhávamos algo em comum com essa pessoa. Ele tinha mais graça, mais presença do que muitos outros." Um grupo de jovens sentados em um café, com os olhos colados à tela de televisão sintonizado em um canal de linguagem africâner, apenas encolheu os ombros silenciosamente ao serem questionados se estavam monitorando a cobertura da mídia sobre o assunto.

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