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Enchentes no Brasil podem aumentar 90% até 2100, diz pesquisa

Cheia dos rios é um problema que provavelmente irá ocorrer caso providências de contenção do aquecimento global não sejam tomadas

Ainda assim, dos 24 países analisados no estudo, o Brasil ainda está entre os que devem ser menos afetados (Virgínia Cardoso/ colaboração ABr)

Ainda assim, dos 24 países analisados no estudo, o Brasil ainda está entre os que devem ser menos afetados (Virgínia Cardoso/ colaboração ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 15h05.

São Paulo - Cientistas ingleses avaliaram o impacto do aquecimento global em 24 países, durante os próximos noventa anos. A pesquisa mostra que os níveis de enchentes no Brasil podem aumentar 90% até 2100.

Os dados científicos foram compilados pelo Met Office Hadley Centre, na Grã Bretanha, através de simulações feitas com bases nos índices de emissões de gases de efeito estufa. O material foi divulgado durante a Conferência Climática da ONU, COP 17, que está sendo realizada em Durban, na África do Sul.

Os cenários desenhados pelos estudiosos mostram países com mais riscos, enquanto outros podem até mesmo ser beneficiados pelo aquecimento global. Para o Brasil, no entanto, a cheia dos rios é um problema que provavelmente irá ocorrer caso providências de contenção do aquecimento não sejam tomadas.

Os pesquisadores alertam que se as emissões mundiais continuarem nos níveis atuais, a temperatura global pode se elevar de 3ºC a 5ºC até o fim do século. Esse é o destino que o governo britânico pretende evitar, por isso a pesquisa foi usada para cobrar maior empenho das 194 nações presentes da Conferência.

Dos 24 países analisados no estudo, o Brasil ainda está entre os que devem ser menos afetados, mesmo com a possibilidade do aumento nas enchentes. A Espanha, por outro lado, pode perder 99% da terra destinada à agricultura e 68% da população deve sofrer com a escassez de água. No Egito a seca deve atingir ainda mais pessoas, aproximadamente 98% da população.

Na Inglaterra as chuvas tendem a aumentar nos próximos anos e isso seria positivo para a agricultura do país, que pode até dobrar. Os mais afetados serão os países africanos e o Bangladesh, onde a população correrá risco de fome.

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