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Empresas propõem caminhos para economia de baixo carbono

Investimento em pesquisa e desenvolvimento, incentivos públicos e uso de tecnologias mais eficientes na indústria podem reduzir emissões e impulsionar a economia

Segundo o EPC, é preciso fortalecer a competitividade da indústria nacional em um novo contexto econômico global (Creative Commons/Pink Sherbet)

Segundo o EPC, é preciso fortalecer a competitividade da indústria nacional em um novo contexto econômico global (Creative Commons/Pink Sherbet)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 13h33.

São Paulo – Com o objetivo de discutir soluções práticas para gestão e diminuição das emissões de gases efeito estufa, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV lançou nesta quinta um novo estudo desenvolvido pela plataforma Empresas pelo Clima (EPC) com propostas de políticas públicas para a economia de baixo carbono. Criada em 2009, a EPC conta atualmente com 39 companhias, entre elas Alcoa, Suzano, Petrobras, Braskem, Itaú e Natura.

"Com um mercado que amplia cada vez mais as exigências de qualidade e sustentabilidade, ficar de fora desta discussão não é uma opção possível para as empresas”, afirma Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (GVCes). “A agenda ambiental e a empresarial precisam andar de mãos dadas”.

O novo estudo destaca as oportunidades que os projetos de baixo carbono oferecem para a redução das emissões de gases efeito estufa e para o crescimento econômico do país nas próximas décadas. “Um exemplo é a produção de energia a partir de gás metano nas grandes cidades”, diz Monzoni.

Diante deste cenário, as companhias que voluntariamente inserem na sua lógica de negócio a sustentabilidade podem ganhar em competitividade. Mas também, segundo o relatório, cabe aos governos, nacional e municipal, estimular a transição para uma economia de baixo carbono, por meio de programas de incentivos a pesquisa e desenvolvimento no setor e financiamento de projetos de mitigação de emissões e eficiência energética.

Marcos regulatórios também são determinantes para a nova economia. As empresas situadas em locais onde há uma legislação mais rígida poderão estar na ponta da corrida tecnológica e da inovação, com relação a processos industriais mais competitivos e limpos, diz um trecho.

Outro ponto que precisa de atenção no debate atual é elaboração de planos setoriais de mitigação das emissões, que o governo deve finalizar até dezembro. “Trata-se de uma oportunidade de identificar custos e oportunidades no processo”, diz Monzoni. Para sexta está previsto um encontro entre o EPC e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para estreitar o diálogo sobre o tema.
 

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