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Empresas pedem para sair de consórcio de Belo Monte

Galvão Engenharia, Serveng e Cetenco saíram do consórcio que venceu o leilão de construção. A Contem, a J.Malucelli Construtora e a Mendes Júnior podem deixar a sociedade

Para sair da sociedade, no entanto, as empresas precisam encontrar um comprador para suas ações (Paulo Jares/VEJA)

Para sair da sociedade, no entanto, as empresas precisam encontrar um comprador para suas ações (Paulo Jares/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 08h39.

São Paulo - Quase todas as empresas que integraram o consórcio vencedor do leilão da Hidrelétrica de Belo Monte, em abril do ano passado, devem deixar a sociedade. De sexta-feira até ontem, três empresas privadas fizeram pedido formal para sair do grupo investidor Norte Energia: Galvão Engenharia, Serveng e Cetenco. A Contern, do Grupo Bertin, fará o comunicado nos próximos dias.

A J.Malucelli Construtora não fez nenhuma formalização ao consórcio, mas também está disposta a se desfazer de sua participação se houver algum interessado. “O negócio não está no DNA da construtora”, afirma o presidente do Grupo Malucelli, Joel Malucelli. A empresa tem participação em Belo Monte por meio de duas subsidiárias: a J.Malucelli Construtora e a J.Malucelli Energia. A intenção, segundo o presidente do grupo, é continuar no projeto apenas por meio da empresa de eletricidade.

A construtora Mendes Júnior é outra sócia que deixará o consórcio. Mas, nesse caso, a desistência se deve a uma pendência da empresa com o Banco do Brasil (que não poderia financiar o consórcio). Para sair da sociedade, no entanto, as empresas precisam encontrar um comprador para suas ações. Foi o que ocorreu com a Gaia Energia, do Grupo Bertin, cuja fatia de 9% no projeto será absorvida pela Vale.

Cogita-se no mercado que o fundo de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa) e a Neoenergia (Iberdrola, Previ e Banco do Brasil) poderiam adquirir a fatia desses novos desistentes. Juntas, Galvão, Serveng, Cetenco, Contern e Mendes Júnior têm 6 25% de Belo Monte. A J.Malucelli Construtora tem 1% de participação. No início, essas empresas respondiam por 29,98% do consórcio, que também contava com Queiroz Galvão (10,02%), Gaia (10,02%) e a estatal Chesf (49,98%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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