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Empresários do Equador denunciam cortes de energia que afetam setor produtivo

País enfrenta seca e apagões programados estão sendo feitos desde setembro para economizar energia

Rua às escuras devido a apagão programado no Equador em 18 de setembro (AFP)

Rua às escuras devido a apagão programado no Equador em 18 de setembro (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 8 de outubro de 2024 às 07h01.

Última atualização em 8 de outubro de 2024 às 07h03.

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O sindicato das indústrias do Equador denunciou, nesta segunda-feira, 7, cortes de energia direcionados ao setor produtivo do país, que enfrenta apagões desde o mês passado, devido à pior seca dos últimos 61 anos.

“Soubemos no sábado, por diferentes redes sociais, que o setor industrial do país pararia por 15 dias consecutivos, por um período de 10 horas”, disse em entrevista coletiva María Paz Jervis, presidente da Câmara de Indústrias e Produção (CIP), referindo-se a um documento que circulou na internet com essa disposição e que não foi confirmado pelo governo.

Segundo María, os parques industriais das cidades andinas de Ambato e Cuenca “souberam dessa desconexão industrial quando suas máquinas pararam”. A AFP consultou o governo sobre a medida, mas não obteve resposta.

“Essa notícia é algo que nos impacta, porque afeta toda a economia equatoriana formal, ou seja, desde a produção, o comércio e a geração de empregos”, disse María, ressaltando o "temor de que essa situação posa resultar na escassez de produtos básicos”.

O Ministério da Energia divulgou ontem os novos horários de suspensão do fornecimento. Até o próximo dia 10, os cortes serão de até quatro horas seguidas entre as 0h e 8h locais, e de duas horas seguidas entre as 18h e 22h.

Autoridades modificam semanalmente o cronograma de suspensão do serviço. No último dia 1º, o Ministério da Energia pediu ao setor privado que deixasse ligados por 24 horas seus geradores, para reduzir a demanda do sistema nacional, e ofereceu compensações.

“O setor industrial não pode ser paralisado, não se trata de colocar todo o peso da crise energética sobre um setor”, disse na mesma entrevista Miguel Ángel González, presidente da Câmara de Comércio de Guayaquil.

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