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Empresário envolve Costa Neto e pasta em propina

O parlamentar é acusado de chefiar um esquema de cobrança de propina na Feira da Madrugada, no centro de São Paulo

O político teria se reunido com o empresário no segundo semestre do ano passado, após mudança no comando administrativo da feira (Wikimedia Commons)

O político teria se reunido com o empresário no segundo semestre do ano passado, após mudança no comando administrativo da feira (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2011 às 15h23.

São Paulo - O empresário Rivaldo Sant’Anna, vice-presidente da Associação União dos Distribuidores de Frutas do Estado de São Paulo, acusa o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) de chefiar um esquema de cobrança de propina na Feira da Madrugada, no centro de São Paulo. Ele disse ter se reunido com o político no segundo semestre do ano passado, após mudança no comando administrativo da feira.

De acordo com Sant’Anna, o esquema é operado por Eloy Arcas Júnior e Arnaldo Bernardo, dois funcionários do Ministério dos Transportes em São Paulo que integram o grupo que administra a feira. Segundo o Portal da Transparência, os dois são funcionários da Valec, empresa estatal de ferrovias, mas estão cedidos para outros órgãos. Arcas Jr. está lotado no Dnit, e Bernardo no próprio ministério.

"Os interventores do Dnit estavam montando um esquema de cobrança. Eles soltaram um ofício a todos os comerciantes, que se não se recadastrassem e acertassem o espaço físico-financeiro (sic), sendo que o financeiro era o pagamento do esquema, teriam suas bancas fechadas", disse. Rivaldo Sant’Anna afirma que levou essa informação a Valdemar, que lhe teria pedido que "não se metesse".

"Ele disse, ‘ó, os meninos que estão lá estão para resolver isso’. Eu falei ‘mas não tão resolvendo nada. Eles estão cobrando propina’. Aí ele disse: ‘Ah, deixa eles quietos, não se mete nisso. Vou fazer uma licitação no local’", contou o empresário.

O deputado Valdemar Costa Neto reiterou, por sua assessoria, que "desautoriza qualquer pessoa a falar em nome dele ou do partido para entendimentos no âmbito da gestão pública", e disse que pode processar criminalmente quem venha a fazê-lo. O Ministério dos Transportes não respondeu à reportagem até o fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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