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Empresário e primo de Mauricio Macri depõe em investigação sobre propina

Calcaterra se apresentou à justiça após um novo caso de corrupção, envolvendo anotações que um motorista oficial sobre entrega de dinheiro a funcionários

Mauricio Macri, presidente da Argentina 
REUTERS/Marcos Brindicci  (Marcos Brindicci/Reuters)

Mauricio Macri, presidente da Argentina REUTERS/Marcos Brindicci (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 13h37.

Buenos Aires - O empresário Ángelo Calcaterra, primo de primeiro grau do presidente da Argentina, Mauricio Macri, se apresentou nesta segunda-feira nos tribunais de Buenos Aires para depor no caso que investiga uma suposta rede de propina durante as gestões kirchneristas.

Fontes da Justiça informaram à imprensa que Calcaterra foi espontaneamente encontrar o juiz Claudio Bonadio para colaborar com a investigação aberta após a revelação de anotações que um motorista oficial fez por dez anos sobre a entrega de dinheiro de empresários a funcionários do governo com o objetivo de obter contratos de obras públicas. O conteúdo da declaração ainda não foi divulgado.

Até o ano passado, o primo do atual presidente da Argentina era dono da Iecsa, uma das empresas que mais ganhou contratos públicos entre 2003 e 2015 e que é mencionada nos cadernos do motorista Oscar Centeno. O ex-gerente da Iecsa, Héctor Sánchez Caballero, está detido.

Nos últimos dias, vários empresários e importantes ex-membros dos governos de Néstor - que governou de 2003 a 2007 - e Cristina Kirchner - que governou de 2007 a 2015 - foram presos. Os dois foram apontados como possíveis beneficiados dos subornos. Até agora, Bonadio não formalizou acusação contra Calcaterra.

No caso já declararam como "arrependidos" - figura legal que proporciona benefícios para os acusados que reconheçam os fatos e colaborem com a Justiça - o próprio Centeno e Juan Carlos de Goycoechea, ex-diretor na Argentina da empresa espanhola Isolux Corsán.

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