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Empresário brasileiro cria sistema para gestão de resíduos sólidos em bueiros

Filtro retém materiais e impede que eles cheguem aos rios. Além disso, software gerencia em tempo real a situação das bocas de lobo

Dispositivo está em desenvolvimento para informar ao centro de dados da empresa quando um bueiro atingir 80% de sua capacidade (Stock.Xchange)

Dispositivo está em desenvolvimento para informar ao centro de dados da empresa quando um bueiro atingir 80% de sua capacidade (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 10h58.

São Paulo - Para melhorar o sistema atual de coleta, limpeza e gestão de bueiros de bocas de lobos nas cidades brasileiras, o empresário Carlos Chiaradia, diretor da Ecco Sustentável, encontrou uma maneira eficaz para o problema - que já está sendo implantando como testes inciais, em algumas subprefeituras da capital paulista e interior do Estado.

Trata-se de um sistema inédito e eficiente para atender essa demanda. Ele é composto por dois produtos que se completam: o Ecco Filtro é feito em material termoplástico e tem capacidade para 300 litros, com a função de reter os resíduos, impedindo que cheguem aos rios. Além de evitar o entupimento de bueiros, o sistema possui um software (Ecco Gestor) interligado ao portal para identificar e gerenciar, em tempo real, a situação dos bueiros e bocas de lobo.

Um dispositivo está em desenvolvimento para informar automaticamente ao centro de dados da empresa quando um bueiro atingir 80% de sua capacidade, o que disparará automaticamente uma ordem para limpeza.

O projeto é de grande utilidade pública, pois gerencia com eficiência todos os materiais retidos e retirados dos bueiros, controlando o envio para reciclagem.

“O teste foi excelente e se mostrou eficiente em toda a problemática vigente. Conseguimos fazer a coleta em tempo recorde, um trabalho que em média demorava meia hora levou menos de cinco minutos”, comemora o empresário.

Atualmente, cada subprefeitura tem em média 15 mil bueiros e bocas de lobos para administrar e um gasto médio mensal de R$ 150 mil. No Brasil há três tipos mais comuns de bueiros: caixa com grelha, boca de lobo e sistema combinado. Parte desse lixo polui os córregos e rios, causando enchentes, transtornos à população e ao trânsito - comprometendo imóveis e até perda de vidas. Conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305, as administrações municipais são responsáveis por impedir que o lixo – que normalmente segue junto com as águas de chuva para os bueiros – deixe de ser enviado para as vias pluviais.

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