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Empresa ligada ao Irã doou US$ 100 mil a assessor de Obama

A filial da MTN Group, companhia de telecomunicações com sede na África do Sul, teria pagado US$ 100 mil a Plouffe por dois discursos realizados na Nigéria

O presidente americano, Barack Obama: a situação "poderia ser problemática" para Obama, enquanto a Casa Branca endurece sua postura contra o Irã (©AFP / Nicholas Kamm)

O presidente americano, Barack Obama: a situação "poderia ser problemática" para Obama, enquanto a Casa Branca endurece sua postura contra o Irã (©AFP / Nicholas Kamm)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 14h56.

Washington - Assessor da Casa Branca e diretor de campanha do presidente Barack Obama em 2008, David Plouffe recebeu US$ 100 mil da filial de uma empresa que negocia com o governo do Irã por causa de duas conferências realizadas em 2010, revelou nesta segunda-feira o jornal "Washington Post".

A filial da MTN Group, companhia de telecomunicações com sede na África do Sul, teria pagado US$ 100 mil a Plouffe por dois discursos realizados na Nigéria em dezembro de 2010, aproximadamente um mês antes do mesmo ingressar na Casa Branca.

Segundo o jornal, desde então a companhia passou a ser investigada por suas atividades com o Irã e Síria. O "Washington Post" aponta que não há restrições legais ou éticas para a filial de MTN ter feito esse pagamento a Plouffe como um cidadão privado.

No entanto, por se tratar de um próximo assessor, a situação "poderia ser problemática" para Obama, enquanto a Casa Branca endurece sua postura contra o Irã.

A posição da Casa Branca contra o regime iraniano foi criticada pelo candidato republicano para as presidenciais de novembro, Mitt Romney, que a considerou transigente demais.

Em comunicado, a Casa Branca, que recusou uma solicitação de entrevista do jornal, exaltou que a relação da empresa com o governo iraniano não era um assunto conhecido naquele momento.

"As críticas a Plouffe pelos assuntos e controvérsias que se desenvolveram somente anos mais tarde estão simplesmente equivocadas", assinalou.

O diário assinala que Plouffe não teve nenhum papel nas discussões do governo americano sobre as sanções que seriam impostas às companhias com atividades no Irã.

Executivos da companhia negaram ter violado as sanções impostas pelo governo americano e, segundo declarações de Paul Norma, um porta-voz da MTN Group, teriam convidado Plouffe por sua "experiência e seu conhecimento da cena política americana". 

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