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Empresa é multada em € 470 milhões por derramar lama tóxica

Em outubro de 2010, um vazamento em Budapeste deixou 10 pessoas mortas e 125 feridas

Vazamento tóxico na Hungria: a lama tóxica inundou também uma superfície de 40 quilômetros quadrados de terras de cultivo (Reprodução)

Vazamento tóxico na Hungria: a lama tóxica inundou também uma superfície de 40 quilômetros quadrados de terras de cultivo (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 10h00.

Budapeste - As autoridades ambientais húngaras multaram em 470 milhões de euros a empresa MAL, considerada responsável pelo vazamento de lama tóxica em outubro do ano passado que provocou dez mortes, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

Em 4 de outubro de 2010, um rompimento do muro de contenção de uma balsa em Ajka, no sudoeste de Budapeste, provocou um vazamento de substâncias tóxicas que acabou contaminando vários rios menores e ameaçou derramar no Danúbio arsênico e metais pesados.

Dez pessoas morreram e outras 125 ficaram feridas por conta da catástrofe ecológica, que também causou prejuízo de cerca de 200 milhões de euros.

A lama tóxica inundou também uma superfície de 40 quilômetros quadrados de terras de cultivo, assim como as ruas das localidades de Kolontar e Devecser, onde centenas de pessoas perderam suas casas.

O advogado da empresa, György Ruttner, afirmou nesta quinta-feira que a empresa recorrerá da sentença, já que considera que a multa não tem "nenhum fundamento". Segundo Ruttner, a sentença fala em 1,8 milhão de toneladas de lama vermelha derramada, quando na verdade foram "apenas" 350 mil toneladas.

De acordo com o advogado, a empresa não pode pagar a elevada multa, já que sua receita em 2010 foi de apenas 26 milhões de euros.

Desde que a catástrofe ocorreu, mais de 60 processos foram abertos contra a fabricante de alumínio MAL, com pedidos de indenização pelos danos sofridos.

Um possível fechamento da empresa, que emprega pelo menos 6 mil pessoas na região, causaria graves problemas sociais, segundo fontes do setor.

Já o governo do conservador Viktor Orbán afirmou nesta quinta-feira que "fará tudo o que for possível para salvar a empresa", conforme um relatório do Ministério de Fomento Rural.

Até o momento, não foram esclarecidas as causas do rompimento do muro de contenção da balsa, que continha resíduos derivados da produção de alumínio.

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