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Emprego e educação serão prioridades em novo governo sueco

Criação de emprego e a educação serão prioridades do novo governo da Suécia apresentado pelo premiê social-democrata Stefan Löfven

Stefan Löfven, primeiro-ministro da Suécia: "a Suécia está em uma situação difícil" (Claudio Bresciani/TT News Agency/Reuters)

Stefan Löfven, primeiro-ministro da Suécia: "a Suécia está em uma situação difícil" (Claudio Bresciani/TT News Agency/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 11h11.

Copenhague - A criação de emprego e a educação serão prioridades do novo governo da Suécia apresentado nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro, o social-democrata Stefan Löfven, mas continuará sem grandes mudanças em relação aos oito anos da administração anterior da centro-direita.

"A Suécia está em uma situação difícil, o desemprego se manteve a níveis altos, os resultados das escolas caíram e o bem-estar apresenta grandes falhas", declarou no Riksdagen (Parlamento sueco).

Löfven repetiu propostas apontadas durante a campanha eleitoral, como ofertas de trabalho ou estágios a jovens desempregados em até 90 dias; assim como a promessa de fazer a taxa de desemprego, que hoje beira os 8%, ser a menor da União Europeia até 2020.

Apesar das críticas ao governo anterior, Löfven, como já tinha anunciado, não reverterá as baixas fiscais milionárias e nem a política de privatizações, mas também não planeja novas reduções, e aumentará o controle sobre as empresas que administram serviços públicos como educação e saúde.

O governo de social-democratas e verdes, que conta com 138 das 349 cadeiras, introduzirá melhoras no seguro de doenças, aprovará um plano de investimentos públicos que inclui 250 mil novas casas para 2020 e tornará obrigatório o ensino médio. A redução do déficit público também será questão central e poderá "priorizada".

O Partido do Meio Ambiente, pela primeira vez em um governo na Suécia, teve que ceder em questões de defesa e energia, como a aprovação da compra de novos caças e submarinos em troca de endurecer os critérios para exportar armas a outros países.

A abolição da energia nuclear, fundamental para os verdes, será feita com a substituição pelas energias renováveis no futuro e a busca de um amplo acordo sobre política energética.

Também não haverá grandes mudanças na política externa com a nova administração, que ofereceu apoio à luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Oriente Médio.

O governo será formado por 24 ministros, 18 social-democratas e 6 ecologistas. Mulheres e homens terão o mesmo número de representantes.

Stefan Löfven, ex-sindicalista sem experiência parlamentar nem de governo, foi eleito primeiro-ministro há dois dias graças à abstenção dos 141 deputados da centro-direita para minimizar a influência do ultradireitista Democratas da Suécia (SD).

A esquerda ganhou as eleições realizadas em 14 de setembro com 43,7% dos votos contra o 39,3% da centro-direita e 12,9% dos Democratas da Suécia, que se tornou a terceira força.

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