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Empregados da BBC entram em greve por melhores salários

Os empregados da rede pública britânica farão greve no dia 23 de julho em protesto contra suas condições salariais


	BBC: empregados da emissora rejeitaram a última oferta salarial da gerência
 (REUTERS/Luke MacGregor)

BBC: empregados da emissora rejeitaram a última oferta salarial da gerência (REUTERS/Luke MacGregor)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 14h35.

Londres - Os empregados da rede pública britânica "BBC" farão greve no dia 23 de julho em protesto contra suas condições salariais, coincidindo com a inauguração dos Jogos da Commonwealth na Escócia, confirmaram nesta terça-feira os sindicatos.

Uma maioria de jornalistas e técnicos, reunidos nos sindicatos NUJ, Bectu e Unite, votaram a favor da medida de força, que consistirá em um desemprego a meio-dia seguido de uma paralisação durante 12 horas.

A greve coincidirá com a cerimônia de inauguração dos Jogos da Commonwealth em Glasgow, o acontecimento esportivo mais esperado do verão no Reino Unido e que reunirá todos os membros das antigas colônias e dos protetorados britânicos.

Os empregados da emissora, castigados por demissões e cortes nos últimos anos, rejeitaram a última oferta salarial da gerência por considerá-la insuficiente.

A secretária-geral da União Nacional de Jornalistas (NUJ), Michelle Stanistreet, disse que o apoio à greve "demonstra que os jornalistas da "BBC" não estão dispostos a aceitar propostas de pagamento irrisórias enquanto os que dirigem a corporação desfrutam de generosos salários e incentivos, enquanto dão lições ao pessoal sobre a necessidade de medidas de austeridade".

Seu colega no sindicato Bectu, que reúne técnicos, Gerry Morrissey, declarou que "a "BBC" tem dinheiro para projetos caprichosos mas não para sua própria equipe, montante que diminuiu 10% nos últimos cinco anos".

A NUJ propõe, entre outras coisas, pôr um limite de 150 mil libras (R$ 571 mil) ao salário anual dos diretores, o que "liberaria verba para garantir salários justos para todos os trabalhadores", afirmou Michelle.

A rede pública britânica, dirigida desde abril de 2013 por Tony Hall, começará no próximo ano a renegociação periódica com o governo britânico dos termos de seu financiamento, bancado por uma taxa anual paga pelos telespectadores.

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