Mundo

Empenho faz asiáticos superarem brancos em escolas dos EUA

Na quinta série, com 10 ou 11 anos, os asiáticos-americanos "superam significativamente os brancos". Pico da diferença é alcançado aos 15 ou 16 anos de idade


	Sala de aula: segundo os cientistas, os asiáticos-americanos tendem a ser motivados por ensinamentos culturais e pressões maiores dos parentes
 (Getty Images)

Sala de aula: segundo os cientistas, os asiáticos-americanos tendem a ser motivados por ensinamentos culturais e pressões maiores dos parentes (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 19h34.

Crianças americanas de origem asiática tendem a ter um desempenho melhor na escola do que seus colegas brancos porque se esforçam mais, revelou um estudo feito nos Estados Unidos e publicado nesta segunda-feira.

As descobertas se basearam em uma análise de registros de duas pesquisas em separado que rastrearam alguns milhares de estudantes brancos e asiáticos nos Estados Unidos do jardim da infância até o ensino médio.

Cientistas do Queens College de Nova York, da Universidade de Michigan e da Universidade de Pequim analisaram séries, resultados de testes, avaliações de professores, renda familiar e nível educacional, bem como status migratório e outros fatores.

"Os asiáticos-americanos entram na escola sem qualquer vantagem acadêmica perceptível sobre os brancos", destacou o estudo, observando que "a vantagem aumenta ao longo do tempo".

Na quinta série, com 10 ou 11 anos, os asiáticos-americanos "superam significativamente os brancos" e o pico dessa diferença é alcançado aos 15 ou 16 anos de idade.

"De modo geral, esses resultados sugerem que o crescente abismo de desempenho pode ser atribuído a uma lacuna crescente no esforço acadêmico ao invés de diferenças na habilidade cognitiva", concluiu o estudo.

Segundo os cientistas, os asiáticos-americanos tendem a ser motivados por ensinamentos culturais que infundem a noção de que o esforço é mais importante do que a habilidade inata.

Eles também sofrem "pressões maiores dos parentes para prosperar em comparação com os colegas brancos".

A ideia de que o estudante asiático que trabalha duro está destinado a ter sucesso pode ser um estereótipo, mas pode realmente funcionar em benefício dos jovens asiáticos-americanos, prosseguiram os cientistas.

"Esses estereótipos positivos podem ajudar a encorajar o desempenho dos asiáticos-americanos, assim como estereótipos negativos têm demonstrado retardar o de jovens afro-americanos", destacou o artigo.

No entanto, o êxito maior dos asiáticos-americanos tem um preço.

Segundo o estudo, independentemente da região da Ásia de onde são, essas crianças apresentam menos sentimentos positivos por si mesmas e passam menos tempo com amigos do que os brancos.

"Eles também têm mais conflitos com os pais em comparação com colegas brancos", continuou.

A pesquisa foi publicada na edição desta segunda-feira da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Acompanhe tudo sobre:CriançasEducaçãoEscolas

Mais de Mundo

Trump vai adiar por quase um mês tarifas de produtos do México

Trump planeja assinar ordem para acabar com Departamento de Educação, diz imprensa dos EUA

Rússia rejeita trégua na Ucrânia proposta por França e Reino Unido

Frente fria pode interromper ondas de calor nos próximos dias; veja previsão do tempo