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Emocionado, Obama pede ação após tiroteio em escola primária

"Nossos corações estão partidos hoje", afirmou o presidente norte-americano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 20h44.

Washington - Contendo as lágrimas, o presidente norte-americano, Barack Obama, expressou nesta sexta-feira seu "pesar arrasador" pelo massacre em uma escola primária de Newtown, no Estado de Connecticut, e pediu à população que deixe a política de lado e aceite uma "ação significativa" para evitar novas tragédias desse tipo.

"Já suportamos muitas dessas tragédias nos últimos anos", disse Obama com a voz embargada, em um pronunciamento televisivo transmitido da Casa Branca horas depois da morte de pelo menos 28 pessoas, inclusive 20 crianças, num dos piores massacres na história do país.

Obama qualificou o incidente como "crime hediondo" e disse que "nossos corações hoje estão partidos, pelos pais e avós, irmãs e irmãos dessas criancinhas e pelas famílias dos adultos que perdemos." "Nossos corações estão partidos pelos pais dos sobreviventes também, porque, por mais abençoados que eles sejam de terem seus filhos em casa nesta noite, eles sabem que a inocência dos seus filhos foi arrancada deles cedo demais e que não há palavras que aliviem sua dor." "

Seja numa escola primária de Newtown, num shopping center do Oregon, num templo de Wisconsin, num cinema de Aurora ou numa esquina de Chicago, esses bairros são nossos bairros e essas crianças são nossas crianças", disse Obama, citando o local de alguns massacres recentes nos Estados Unidos.

Obama não chegou, porém, a propor medidas específicas para o controle de armas, assunto politicamente delicado no país e que foi evitado em sua recente campanha à reeleição.


"Vamos ter de nos unir e tomar uma ação significativa para evitar mais tragédias dessas, independentemente da política", afirmou o presidente.

Pai de duas filhas, Obama parecia abatido ao entrar na sala de imprensa da Casa Branca. Fez uma pausa e piscou com força após mencionar as idades das crianças mortas, de 5 a 10 anos.

"Sei que não há um pai (nos Estados Unidos da) América que não sinta o mesmo pesar arrasador que eu sinto", afirmou ele.

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