Agência de notícias
Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 08h31.
O presidente francês, Emmanuel Macron, se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington nesta segunda-feira, 24, a quem apresentará "propostas de ação" para combater a "ameaça russa" na Europa e garantir a paz na Ucrânia.
Trump chocou a Europa quando disse que estava disposto a retomar as relações diplomáticas com o presidente russo, Vladimir Putin, e manter conversas com ele sem a presença da Ucrânia ou de países europeus.
O presidente republicano também repetiu os argumentos russos sobre a suposta responsabilidade da Ucrânia em iniciar a guerra, o que levantou preocupações na Europa de que o país poderia aceitar as condições de Moscou.
Macron, que vem tentando coordenar uma resposta europeia à repentina reviravolta de Washington, está tentando persuadir Trump a incluir os europeus nas discussões entre a Rússia e os Estados Unidos, três anos após a invasão russa da Ucrânia.
A Rússia é "uma potência excessivamente armada... e continua a se armar. Não sabemos onde isso vai parar hoje. Então, todos nós devemos agir para contê-la", disse Macron antes de partir para Washington.
O presidente francês representará a Europa como um todo durante sua visita, após reuniões com líderes de todo o continente, incluindo o primeiro-ministro húngaro pró-Rússia, Viktor Orban, disse um de seus assessores.
O presidente de centro-direita "vai a Washington com propostas de ação que refletem as convergências que surgiram" das negociações, acrescentou a fonte.
Macron está tentando convencer Trump a manter o tradicional apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, respeitando sua soberania e garantindo que os interesses europeus sejam totalmente considerados, disse o assessor.
Ele também quer convencer seu colega americano de que a Rússia representa uma "ameaça existencial" para a Europa e que Putin "não respeitará" um cessar-fogo, acrescentou.
A presidência russa acusou na segunda-feira a Europa de querer "continuar" o conflito na Ucrânia, ao contrário dos Estados Unidos.
"Essa convicção dos europeus contrasta totalmente com o desejo de chegar a um acordo sobre a Ucrânia, que é o que estamos fazendo atualmente com os americanos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.