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Emissões de CO2 geram supercaranguejos famintos nos EUA

Pesquisa mostra que a acidificação oceânica, causada pela alta concentração de CO2, leva ao surgimento de crustáceos agigantados e predatórios no maior estuário do país


	Mais fortes, os crustáceos estão se alimentando aos montes de ostras na Baía de Chesapeake
 (VA Institute of MArine Science/ Creative Commons)

Mais fortes, os crustáceos estão se alimentando aos montes de ostras na Baía de Chesapeake (VA Institute of MArine Science/ Creative Commons)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de abril de 2013 às 15h25.

São Paulo – Não são apenas as cabras que estão tirando proveito do aquecimento global. Uma pesquisa indica que a acidificação dos oceanos, provocada pela alta concentração de dióxido de carbono, vilão do efeito estufa, está levando ao surgimento de supercaranguejos.

O fenômeno foi verificado no maior estuário dos Estados Unidos, a Baía de Chesapeake, onde os caranguejos-azuis (ou siris-azuis) desenvolveram não só formas mais avantajadas, crescendo até quatro vezes mais rápido, mas também um apetite predatório.

Por estarem mais fortes, os crustáceos estão se alimentando aos montes de ostras, que, ao contrário de seus predadores, estão ficando mais fracas diante da acidez no mar.

“Altos níveis de carbono no oceano estão provocando o crescimento mais lento das ostras enquanto seus predadores – como os caranguejos azuis - crescem mais rápido", disse Justin Baker Ries, um geólogo marinho da Universidade da Carolina do Norte, em uma entrevista ao Washington Post.

Segundo o cientista, ao longo dos próximos 75 anos, a acidificação dos oceanos poderá aumentar de tal maneira o tamanho dos caranguejos azuis (e de seu apetite) a ponto de desequilibrar a cadeia alimentar do maior estuário do país.

Veja também: 9 efeitos inusitados do aquecimento global

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