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Emissários da Rússia e da China visitam Benghazi

O objetivo da viagem é entrar em contato com rebeldes do Conselho Nacional de Transição

Congresso Geral do Povo, em Trípoli, destruído após bombardeio da Otan
 (Mahmud Turkia/AFP)

Congresso Geral do Povo, em Trípoli, destruído após bombardeio da Otan (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 11h22.

Benghazi - Representantes diplomáticos da Rússia e da China visitam Benghazi, leste da Líbia e capital dos rebeldes líbios, para contatos com integrantes do Conselho Nacional de Transição (CNT), braço político da insurgência.

Na capital Trípoli, várias fortes explosões foram ouvidas nesta terça-feira no centro e uma espessa coluna de fumaça era observada na área da residência do ditador Muamar Kadafi.

A primeira explosão foi ouvida às 10h45 (5h45 de Brasília) e as outras três imediatamente depois. Nos minutos seguintes, outras quatro explosões abalaram a região.

As explosões foram sentidas no hotel dos correspondentes da imprensa internacional em Trípoli, que fica a centenas de metros do complexo residencial do coronel Kadafi, que foi alvo em várias ocasiões dos bombardeios da Otan.

No campo diplomático, o emissário russo Mikhail Marguelov é a primeira autoridade do país a visitar a cidade dos insurgentes.

"Viemos a Benghazi para facilitar o diálogo entre as duas partes, A Rússia está em uma posição única, porque ainda dispõe de uma embaixada em Trípoli e hoje se reúne com a rebelião", declarou Marguelov.

Um grupo de diplomatas chineses também está em Benghazi, depois do primeiro contato, na semana passada, entre o embaixador do país no Qatar, Zhang Zhiliang, e o presidente do CNT, Mustafah Abdeljalil.

A China tem interesses econômicos na Líbia, grande produtor de petróleo, de onde retirou 36.000 cidadãos que trabalhavam nas áreas de energia, construção civil, ferrovias e telecomunicações.

Os encontros entre o CNT e a China constituem um êxito diplomático para os rebeldes líbios, já que Pequim baseia sua política externa no princípio da não interferência nos assuntos internos de outros países.

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