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Emirados Árabes pausam ofensiva contra cidade iemenita de Hodeida

Trégua foi concedida para permitir que a ONU tente fazer um acordo de retirada com insurgentes

Vista da cidade portuária de Hodeidah, no Iêmen 14/06/2018 REUTERS/Abduljabbar Zeyad
 (Abduljabbar Zeyad/Reuters)

Vista da cidade portuária de Hodeidah, no Iêmen 14/06/2018 REUTERS/Abduljabbar Zeyad (Abduljabbar Zeyad/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de julho de 2018 às 10h34.

Os Emirados Árabes Unidos, que lideram uma ofensiva militar contra os rebeldes huthis entrincheirados em Hodeida, oeste do Iêmen, anunciaram neste domingo uma "pausa" na operação para permitir que a ONU consiga um acordo de retirada dos insurgentes.

"Saudamos os esforços do enviado especial das Nações Unidas, Martin Griffiths, para obter uma retirada incondicional dos huthis da cidade e do porto de Hodeida. Decidimos observar uma pausa (...) para dar tempo de exploração a esta opção" escreveu no Twitter Anwar Gargash, ministro das Relações Exteriores dos Emirados.

O anúncio acontece depois de uma reunião de Griffiths com o presidente iemenita Abd Rabo Mansur Hadi, cujas tropas luta contra os rebeldes huthis pelo controle deste porto do Mar Vermelho.

Hadi pede aos rebeldes uma retirada total de Hodeida, cenário há várias semanas de uma ofensiva militar do governo iemenita apoiado por uma coalizão árabe, liderada por Arábia Saudita e Emirados.

Hodeida, cidade de 600.000 habitantes às margens do Mar vermelho, é o principal ponto de entrada das importações e da ajuda humanitária no Iêmen, país pobre e em guerra desde 2015.

O governo iemenita e a coalizão acusam os rebeldes iemenitas de receber armas iranianas neste porto. O governo do Irã nega.

A coalizão árabe atua no Iêmen desde março de 2015 para ajudar o presidente Abd Rabo Mansur Hadi, reconhecido pela comunidade internacional, a frear o avanço dos rebeldes, que ocupam amplas regiões, incluindo a capital, Sanaa.

Nesta guerra que deixou 10.000 mortos em mais de três anos, a batalha de Hodeida é a mais importante desde a ofensiva de 2015 que permitiu às forças leais ao governo de Hadi recuperar várias regiões do sul, entre elas Aden, que estava sob controle dos rebeldes.

Os huthis controlam Hodeida desde 2014.

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