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Emir do Catar nega financiamento de grupos extremistas

O emir do Catar negou que o país financie grupos extremistas e afirmou que apoiará coalizão que combate o Estado Islâmico

O xeque Tamim Ben Hamad al-Thani, emir do Catar: "não financiamos os extremistas" (Mike Segar/Reuters)

O xeque Tamim Ben Hamad al-Thani, emir do Catar: "não financiamos os extremistas" (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 10h22.

Doha - O emir do Catar negou que seu país financie grupos extremistas e afirmou que apoiará, a longo prazo, a coalizão que bombardeia os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

"Não financiamos os extremistas", afirmou o xeque Tamim Ben Hamad al-Thani em uma entrevista ao canal americano CNN.

"Se você está se referindo a alguns movimentos na Síria e no Iraque, nós consideramos todos como grupos terroristas", disse.

"Mas não aceitamos a inclusão no mesmo saco de todas as organizações islamitas", completou o emir, em referência à Irmandade Muçulmana e ao Hamas palestino.

Para ele, seria um "grave erro" chamar todos os movimentos islamitas de "extremistas".

O Catar, um rico emirado do Golfo, já foi acusado de financiar ou respaldar grupos sunitas, como a Irmandade Muçulmana, desde a explosão das revoltas árabes em 2011.

Atualmente integra o grupo de cinco países que participam na campanha militar liderada por Washington contra o EI na Síria. Estados Unidos e França realizam bombardeios no Iraque.

Ao contrário da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Jordânia, o Catar mantém a discrição até o momento sobre sua participação, apesar de abrigar uma das maiores bases americanas no Oriente Médio.

"Nossos amigos americanos nos perguntaram se poderíamos integrar (a coalizão) e fizemos isto", afirmou o xeque.

O emir afirmou que o objetivo a curto e médio prazo do Catar é o mesmo dos aliados: livrar a região dos movimentos terroristas na Síria. Mas a longo prazo é necessário "punir" o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, completou.

"A principal causa de tudo isto é o regime da Síria e é preciso puni-lo", afirmou.

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