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Emergentes serão principais alvos de investimentos até 2012

Estudo da ONU revela que Brasil, China e Índia serão os preferidos para investimentos diretos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Genebra - As maiores empresas do mundo preveem aumentar seus investimentos internacionais nos próximos dois ou três anos, e a maior parte dos gastos está sendo prevista para ser feita nas grandes economias emergentes, revelou um estudo das Nações Unidas.

China, Índia e Brasil são os três principais países alvos de investimentos externos diretos (IED) até o final de 2012. Os EUA, que durante anos foi o alvo número 1, agora está em quarto lugar, disse a agência de comércio e desenvolvimento da ONU, Unctad.

A agência sediada em Genebra, que atua como instituto de estudos das tendências econômicas nos países em desenvolvimento, disse que a crise econômica global que começou em 2008 foi menos prejudicial aos investimentos do que se temia.

As conclusões foram baseadas em uma pesquisa sobre o clima para IEDs feita com 236 grandes corporações multinacionais e 116 agências de promoção de investimentos.

Os fluxos globais de investimentos caíram em 2008-2009, em consequência da recessão econômica, mas a expectativa é que se recuperem lentamente em 2011 e 2012.

Fusões e aquisições

A entrada de IEDs, principalmente de países mais ricos como os EUA e as potências maiores da União Europeia, é um componente chave nos planos de desenvolvimento de muitos países mais pobres.

Nos últimos anos, porém, grandes empresas sediadas nas economias emergentes mais bem-sucedidas vêm exercendo um papel crescente, investindo em países ricos e pobres, com frequência por meio de fusões e aquisições.

    <hr>                                  <p class="pagina">A crise acentuou a mudança no foco geográfico dos IEDs em direção às economias em desenvolvimento e ex-comunistas.<br><br>Esses países constituem nove dos 15 destinos prioritários de IEDs das empresas globais, disse a UNCTAD.<br><br>A China foi o destino preferencial número 1 pelo segundo ano, a Índia passou de terceiro, em 2009, para segundo, e o Brasil passou de quarto para terceiro, empurrando os EUA de segundo para quarto destino.<br><br>A Rússia foi o quinto na lista, mesma posição ocupada em 2009, mas o México saltou de 12 lugar no ano passado para sexto, passando à frente da Grã-Bretanha (sétimo), Vietnã (oitavo) e Indonésia (nono). A Alemanha, maior economia da Europa, caiu do sétimo lugar para o décimo.<br><br>Tailândia, Polônia, Austrália, França e Malásia são os cinco países seguintes mais favorecidos, revelou a pesquisa da Unctad.<br><br>Em julho a Unctad previu que os fluxos totais de IEDs podem subir para entre 1,3 e 1,5 trilhão de dólares em 2011, depois de 1,2 trilhão este ano, e saltar para 1,6 a 2 trilhões em 2012.<br><br>O total mais alto já registrado foi de 2,1 trilhões de dólares em 2007, mas esse valor caiu 16 por cento em 2008 e outros 37 por cento em 2009, quando foi de apenas 1,1 trilhão de dólares, no momento em que a crise levou as empresas a cortar seus gastos.<br><br>A Unctad disse que o otimismo quanto às chances de a crise já ter passado do momento pior incentivou as empresas a rever seus programas de investimentos; cerca de 58 por cento delas disseram que vão aumentar seus IEDs em 2011 e 2012.<br><br>Mas a agência observou que o otimismo é maior entre multinacionais sediadas no mundo em desenvolvimento do que entre as de economias mais ricas, especialmente as cujas sedes ficam na Europa.</p>

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