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Emergentes querem que ricos financiem luta contra aquecimento

China, Índia, Brasil e África do Sul também exigem objetivos ambiciosos para substituir o Protocolo de Kyoto

Após a conferência realizada em Tianjin, na China, países se preparam para a grande reunião em Cancún, que será realizada no fim de novembro

Após a conferência realizada em Tianjin, na China, países se preparam para a grande reunião em Cancún, que será realizada no fim de novembro

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h32.

Pequim - Quatro países emergentes - China, Índia, Brasil e África do Sul - pediram nesta segunda-feira aos países desenvolvidos que financiem a luta contra o aquecimento global e estabeleçam "objetivos ambiciosos" para o sucessor do Protocolo de Kyoto.

Ministros dos quatro países, reunidos sob a sigla BASIC, se reuniram no domingo e na segunda-feira em Tianjin, norte da China, cidade em que aconteceu na semana passada a última conferência preparatória da ONU antes da reunião do fim de novembro em Cancún.

"Os ministros pediram aos países desenvolvidos um compromisso com objetivos de emissão mais ambiciosos que os do atual Protocolo de Kyoto, que expira em 2012", afirma um comunicado assinado pelos representantes dos quatro países.

"Os países desenvolvidos têm a obrigação de apoiar financeiramente e tecnologicamente os países em desenvolvimento para que se adaptem", completa o texto.

O comunicado foi divulgado depois que as negociações da ONU terminaram com uma disputa entre China e Estados Unidos, e sem avanços importantes sobre as emissões de gases que provocam o efeito estufa.

O diretor do programa de energia e clima do Greenpeace na China, Yang Ailun, afirmou que o comunicado do BASIC mostra que os outros três países apoiam fundamentalmente Pequim.

Na conferência de Tianjn, o negociador americano Jonathan Pershing se declarou "decepcionado" com o fato de Pequim rejeitar o controle das ações iniciadas por cada país para reduzir suas emissões.

O principal negociador chinês, Su Wei, respondeu que não era justo criticar os outros "quando não se faz nada".

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