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Embate entre Exército do Sudão e rebeldes destrói 21 aldeias

Estavam envolvidas nos enfrentamentos registrados forças governamentais e duas facções armadas ligadas ao Movimento Popular de Libertação - Setor Norte


	Mulheres em Darfur: maior parte dos refugiados são mulheres e crianças
 (Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters)

Mulheres em Darfur: maior parte dos refugiados são mulheres e crianças (Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 14h46.

Cartum - Confrontos entre tropas do governo sudanês e rebeldes no norte de Darfur, no oeste do Sudão, deixaram arrasadas pelo menos 21 das 44 aldeias da região, informaram nesta terça-feira membros da delegação da ONU no país.

Estavam envolvidas nos enfrentamentos registrados ao longo da última semana, na zona de Yabel Marra, as forças governamentais e duas facções armadas ligadas ao Movimento Popular de Libertação - Setor Norte (MPL-SN).

Em relatório, a ONU revelou que moradores de 30 povoados na província de Taiula, também no norte de Darfur, foram obrigados a fugir por causa do conflito. No total, 37 mil pessoas abandonaram suas casas nos últimos dias para escapar dos confrontos.

Os membros da ONU estão tendo dificuldades para chegar às regiões arrasadas.

A maior parte dos refugiados são mulheres e crianças.

O porta-voz do Exército sudanês, Al Shawarmi Khaled Saad, informou que o governo conseguiu recuperar das mãos dos rebeldes o controle de quatro zonas estratégicas em Darfur e na província de Cordofão do Sul, na fronteira com o Sudão do Sul.

No último domingo, o MPL-SN revelou que tinham respondido à ataques das forças governamentais de Cordofão do Sul e Nilo Azul, no sudeste do país, matando 37 soldados.

Os conflitos nessas duas províncias ocorrem há três anos. Já em Darfur, os combates foram iniciados pelo Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) e pelo Movimento para a Libertação do Sudão (MLS) em 2003. Eles protestam contra a pobreza e a marginalização na região.

Desde então, os enfrentamentos já deixaram mais de 300 mil mortos e obrigaram que 2,7 milhões de pessoas abandonassem suas comunidades de origem, conforme dados da ONU.

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