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Embaixadora diz que EUA apoiam solução de dois Estados

A embaixadora disse que o novo governo americano quer que israelenses e palestinos sentem para negociar com um "olhar fresco"

Nikki Haley: os dois Estados continuam sendo a opção preferida do governo, mas, como o próprio Trump indicou ontem, também há abertura para outras propostas (Mike Segar/Reuters)

Nikki Haley: os dois Estados continuam sendo a opção preferida do governo, mas, como o próprio Trump indicou ontem, também há abertura para outras propostas (Mike Segar/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 17h31.

Nações Unidas - A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, afirmou nesta quinta-feira que o país segue apoiando a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, mas também quer contar com ideias novas.

"Apoiamos absolutamente uma solução de dois Estados, mas também estamos pensando fora da caixa", disse Haley um dia depois de o presidente do país, Donald Trump, ter afirmado que "conviveria" com uma solução de um único Estado para o conflito do Oriente Médio.

A embaixadora disse que o novo governo americano quer que israelenses e palestinos sentem para negociar com um "olhar fresco" e criticou o papel de mediação realizado pela ONU até o momento.

Hailey falou com os jornalistas após uma reunião do Conselho de Segurança sobre o assunto. O enviado das Nações Unidas para Oriente Médio, Nickolay Mladenov, defendeu que a "solução de dois Estados é o único caminho" para encerrar o conflito.

Os dois Estados continuam sendo a opção preferida do governo, mas, como o próprio Trump indicou ontem, também há abertura para outras propostas, uma ruptura da postura adotada pelo país sobre o assunto há pelo menos duas décadas.

"O que estamos dizendo é: não falemos sobre a velha forma de fazer as coisas. Venham negociar com toda a atmosfera e perspectivas novas que temos agora", explicou Haley hoje.

Desde a vitória nas eleições de novembro, Trump se alinho de forma inequívoca com Israel.

O governo de Barack Obama, porém, deu um duro golpe no aliado em dezembro, permitindo que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse uma resolução para condenar a política de assentamentos do país nos territórios palestinos ocupados.

Haley reiterou as críticas à resolução hoje e destacou que as colônias não são a única causa do conflito. A embaixadora, porém, reconheceu que a expansão dos assentamentos atrapalha a paz.

A embaixadora questionou, além disso, a conveniência de o Conselho de Segurança discutir mensalmente o conflito e denunciou o "preconceito" contra Israel na ONU.

"Quando temos tantas coisas ocorrendo no mundo, por que todos os meses temos que nos sentar e ter uma audiência que tem como único motivo a obsessão sobre Israel?", questionou.

Para Haley, a ONU divide mais do que une sobre o assunto e as discussões no órgão estão se tornando mais contraproducentes para o processo de paz.

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