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Embaixador russo na ONU diz que prioridade é evitar guerra com os EUA

Em reunião sobre Síria, Vassily Nebenzia afirmou que Moscou não pode "excluir nenhuma possibilidade" na relação com Washington

Conselho de Segurança: embaixador russo disse que intervenção militar na Síria seria "muito perigosa" (Stephanie Keith/Reuters)

Conselho de Segurança: embaixador russo disse que intervenção militar na Síria seria "muito perigosa" (Stephanie Keith/Reuters)

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AFP

Publicado em 12 de abril de 2018 às 17h14.

"A prioridade é evitar o perigo de uma guerra", declarou a repórteres o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, depois de uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança sobre o uso de armas químicas na Síria.

Quando foi questionado se poderia se tratar de uma guerra entre Estados Unidos e Rússia, o diplomata russo respondeu: "não podemos excluir nenhuma possibilidade".

A proposta de resolução sueca para uma missão de desarmamento químico na Síria não foi discutida durante a reunião, afirmou.

Segundo fontes diplomáticas, esta proposta é especialmente rechaçada por Estados Unidos, França, Reino Unido e Holanda porque não requer a criação de um mecanismo para investigar os supostos ataques químicos de sábado no reduto rebelde de Duma, que deixaram 40 mortos.

O tema da reunião desta quinta-feira foi "a política agressiva de alguns membros do Conselho", disse Nebenzia.

"As ameaças são uma violação da Carta da ONU", acrescentou, afirmando que uma intervenção militar ocidental seria "muito perigosa porque nosso Exército está ali".

O diplomata russo também disse que a Rússia havia solicitado uma reunião pública do Conselho de Segurança sobre a Síria com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na sexta-feira. O chefe das Nações Unidas deveria intervir "em um futuro próximo", lançou.

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