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Embaixador da Líbia no Brasil declara apoio aos rebeldes

Salem Al Zubaidi disse apoio ao Conselho Nacional de Transição é a vontade da população líbia

O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Al Zubaidi: embaixada já tinha bandeira dos rebeldes (Marcello Casal Jr/ABr)

O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Al Zubaidi: embaixada já tinha bandeira dos rebeldes (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 13h54.

Brasília – O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Al Zubaidi, anunciou hoje (26) seu “apoio e lealdade” ao Conselho Nacional de Transição (CNT) – controlado pela oposição. Até o começo desta semana, o diplomata se dizia fiel ao governo do presidente líbio, Muammar Kadafi.

Durante coletiva de imprensa, Zubaidi disse que foi escolhido pelo povo líbio para representar o país. Segundo ele, a maioria da população apoia a oposição. O diplomata acrescentou ainda que está à disposição do CNT e que permanece no cargo até que outra pessoa seja designada para comandar a embaixada no Brasil.

Desde a semana passada, a Bandeira da oposição da Líbia está hasteada no prédio em Brasília. A troca de bandeira ocorreu durante um embate entre simpatizantes da oposição e aliados de Kadafi. O esquema de vigilância e segurança, feito pela Polícia Militar, foi resforçado na área da representação para impedir confrontos.

Na última terça-feira (23), um grupo de líbios que vive no Brasil abandonou a ocupação da embaixada em Brasília e manteve Sadik Jamel como único representante. Os líbios, radicados no Brasil, cobraram apoio do governo brasileiro à oposição no momento da transição política no país do Norte da África.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje que o governo do Brasil aguarda manifestação da Organização das Nações Unidas (ONU) para definir a posição a ser assumida no processo político de transição na Líbia. No entanto, ele ressaltou que não há intenção de suspender unilateralmente as sanções impostas ao país.

Os confrontos na Líbia ocorrem há seis meses – nos últimos dias, eles se acentuaram, desde que a oposição ocupou lugares estratégicos do país e Kadafi abandonou o quartel-general e o complexo residencial onde estava com a família. O líder continua desaparecido.

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