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Embaixadas de Portugal e Argentina em Kiev são atingidas após ataque russo

‘Qualquer ataque da Rússia à Ucrânia e à cidade de Kiev merece a nossa mais veemente condenação’, disse ministro das Relações Exteriores português, Paulo Rangel

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 11h05.

Última atualização em 20 de dezembro de 2024 às 12h11.

Um ataque russo na cidade de Kiev nesta sexta-feira, 20, causou danos materiais "relativamente leves" às embaixadas de vários países, incluindo Portugal, Argentina, Albânia e Montenegro, segundo o ministro das Relações Exteriores português, Paulo Rangel, que anunciou a apresentação de um "protesto formal" à Rússia.

Rangel disse a jornalistas em Cascais, na região metropolitana de Lisboa, que não há registro de feridos na equipe da embaixada portuguesa em Kiev, que fica no mesmo prédio que as de Argentina, Albânia e Montenegro.

"Isso é altamente condenável. Qualquer ataque da Rússia à Ucrânia e à cidade de Kiev merece a nossa mais veemente condenação, mas é absolutamente inaceitável que possa haver ataques que tenham impacto ou afetem instalações diplomáticas", defendeu Rangel, que disse ter convocado o encarregado de negócios da embaixada russa em Lisboa para apresentar um "protesto formal".

Reação ao ataque

A alta representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores e Segurança, Kaja Kallas, disse que o ataque russo que causou danos à Embaixada de Portugal indica que a Rússia não tem vontade de paz.

"Este é outro ataque bárbaro da Rússia contra alvos civis que não mostra nenhuma vontade de paz", comentou Kallas em uma mensagem nas mídias sociais.

O ex-primeiro-ministro da Estônia afirmou que os mísseis russos danificaram a embaixada portuguesa. "Nenhuma representação diplomática deveria ser alvo de um ataque, ou mesmo sofrer um golpe", acrescentou, ao mesmo tempo que estendeu sua solidariedade ao pessoal diplomático.

A situação será avaliada a partir de agora, explicou a porta-voz de Kallas, Anitta Hipper, durante a entrevista coletiva diária da Comissão Europeia, quando perguntados se a UE apresentaria algum protesto formal às autoridades russas.

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