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Embaixada americana em Paris escondia estação de espionagem

A Special Collection Service (SCS) é uma unidade comum que a NSA e os serviços de inteligência da CIA compartilham


	De acordo com o jornal "Libération", o terraço da embaixada dos Estados Unidos em Paris escondia uma estação de escuta da NSA
 (REUTERS/John Schults)

De acordo com o jornal "Libération", o terraço da embaixada dos Estados Unidos em Paris escondia uma estação de escuta da NSA (REUTERS/John Schults)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 08h12.

Paris - O terraço da embaixada dos Estados Unidos em Paris, um edifício situado a apenas 250 metros do Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, escondia uma estação de telecomunicações dedicada a escutas da Agência Nacional de Segurança americano (NSA).

De acordo com o jornal "Libération", um dos meios de comunicação franceses que revelaram a suposta espionagem americana aos três últimos presidentes da França entre 2006 e 2012, a instalação foi feita na embaixada entre 2004 e 2005.

"Está coberta por uma lona especial que permite a passagem de sinais eletromagnéticos e está pintada com uma técnica de ilusão de óptica a fim de esconder o que há ali diante de olhares curiosos", acrescenta a publicação, que ressalta que esse último andar da delegação diplomática americana pode ser visto a partir da Praça da Concórdia.

A Special Collection Service (SCS) é uma unidade comum que a NSA e os serviços de inteligência da CIA compartilham, e a mudança no edifício pode ser observada em fotografias feitas via satélite.

A informação foi revelada inicialmente em 2013 pelo blog "Zone d'intérêt", mesmo ano em que a revista alemã "Der Spiegel" publicou que a NSA dispunha de instalações similares em 80 embaixadas dos Estados Unidos.

Ao saber que os EUA podem ter espionado os três últimos presidentes do país, o atual chefe de Estado, François Hollande, convocou uma reunião extraordinária para esta manhã.

Ao fim do encontro, ele tachou de "inaceitáveis" as escutas e garantiu que não irá tolerar "nenhum ato que questione sua segurança e a proteção de seus interesses".

A embaixadora americana em Paris, Jane D. Hartley, também já foi chamada para uma reunião. 

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