Mundo

Em vídeo, EI afirma ter decapitado japonês

O vídeo dura um minuto e carrasco aparenta ser o mesmo que decapitou outros reféns

Jornalista japonês Kenji Goto: ele foi sequestrado na Síria (Reuters)

Jornalista japonês Kenji Goto: ele foi sequestrado na Síria (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2015 às 19h14.

Cairo - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou neste sábado um vídeo no qual afirma ter decapitado o jornalista japonês Kenji Goto, sequestrado na Síria.

Em um vídeo com um minuto de duração, cuja autenticidade não pôde ser verificada por fontes independentes, um carrasco do grupo extremista afirma que a decapitação se deve à participação do Japão na coalizão internacional contra o EI no Iraque e na Síria.

Goto aparece vestido de laranja, como o EI costuma vestir seus reféns, algemado e de joelhos junto ao carrasco, que olha para a câmera falando em inglês.

Canhoto, o assassino aparenta ser o mesmo que decapitou outros reféns ocidentais sequestrados pelo grupo radical, que em 2014 proclamou a criação de um califado em vastos territórios da Síria e do Iraque.

Há 11 dias, coincidindo com a viagem do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ao Oriente Médio, o EI divulgou um primeiro vídeo no qual exigia que Tóquio pagasse US$ 200 milhões para não assassinar Goto, capturado em outubro, e outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado no sábado passado.

Após o assassinato de Yukawa, o EI exigiu a libertação da terrorista Sayida al Rishawi, condenada à pena de morte em 2005 na Jordânia, para libertar Goto.

Desde então, os governos de Japão e Jordânia negociavam para libertar Goto e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, sequestrados pelo EI na Síria.

Os jihadistas exigiram na quinta-feira que fosse entregue antes do 'pôr do sol, no horário de Mossul (Iraque)' a extremista Al Rishawi em troca da liberdade de Goto e da vida do piloto.

Amã aceitou a troca de Al Rishawi pelos dois reféns, mas a negociação de prisioneiros ficou aparentemente travada depois que a Jordânia exigiu do EI uma prova de vida do piloto jordaniano para cumprir o acordo.

Na mensagem divulgada pelos terroristas neste sábado, o carrasco do Estado Islâmico não mencionou o piloto jordaniano. EFE

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIslamismoTerrorismo

Mais de Mundo

Universidade Columbia aceita pagar US$ 200 milhões para resolver conflito com Trump

Hamas confirma ter respondido à proposta israelense de trégua em Gaza

A lição de casa da Grécia para escapar do colapso econômico e os desafios para os próximos anos

Tarifas de Trump: veja os países que fizeram acordo e os que ainda estão ameaçados pelos EUA