Mundo

Em vídeo, Chávez afirma perdoar quem deseja sua morte

Com o vídeo, Chávez deu uma resposta a rumores sobre uma suposta piora em sua saúde

Chávez: "Aqueles que têm maus desejos para comigo eu perdoo; tenho uma grande fé no que estamos fazendo, neste trabalho intenso contra a doença que me atacou no ano passado, para viver, continuar vivendo e a cada dia mais dar esta vida a um povo" (AFP)

Chávez: "Aqueles que têm maus desejos para comigo eu perdoo; tenho uma grande fé no que estamos fazendo, neste trabalho intenso contra a doença que me atacou no ano passado, para viver, continuar vivendo e a cada dia mais dar esta vida a um povo" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 16h17.

Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse em vídeo divulgado nesta terça-feira que perdoa aqueles que desejam sua morte e reiterou sua fé em Deus para superar o câncer.

"Aqueles que têm maus desejos para comigo eu perdoo; tenho uma grande fé no que estamos fazendo, neste trabalho intenso contra a doença que me atacou no ano passado, para viver, continuar vivendo e a cada dia mais dar esta vida a um povo, a uma revolução", disse no vídeo, transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.

As novas imagens foram gravadas na segunda-feira em Cuba, onde o presidente se encontra desde o dia 14 de abril para se submeter a um tratamento de radioterapia. Com o vídeo, Chávez deu uma resposta a rumores sobre uma suposta piora em sua saúde.

Nas declarações divulgadas nesta terça-feira, Chávez afirma ter uma espécie de pacto com Deus para que o tratamento que está seguindo rigorosamente tenha êxito, e ele possa "continuar redobrando a marcha".

Durante sua breve mensagem, o governante venezuelano leu títulos da edição da segunda-feira de alguns jornais de seu país e conversou com o chanceler, Nicolás Maduro e seu irmão Adán, governador do estado oriental de Barinas.

Também apareceram sua filha Rosa e um de seus netos nas imagens, nas quais Chávez apareceu vestido com roupa esportiva e movimentando-se com desembaraço.


Chávez comentou uma enquete que o situava com 19 pontos percentuais de vantagem sobre o candidato da oposição, Henrique Capriles, para as eleições presidenciais do dia 7 de outubro. "Vamos continuar consolidando essa diferença", disse.

Ele também aproveitou para criticar declarações que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou antes de viajar à Colômbia para a Cúpula das Américas há duas semanas, nas quais reivindicou "eleições livres" na Venezuela.

"Não há neste planeta um sistema eleitoral tão transparente, eficaz e tão bom quanto o venezuelano, em contraste, nos Estados Unidos existem votações através de delegados", argumentou.

"Esperamos eleições transparentes nos EUA, onde as pessoas deveriam votar, lá votam delegados. Democratizem esse país, deixem a repressão!", disse, deixando um recado ao presidente americano: "Obama, se encarregue de governar seu país".

Após um silêncio de nove dias, Chávez disse por telefone que estará em Caracas na quinta-feira, e posteriormente voltará a se submeter a mais uma sessão de radioterapia.

Ele também fez referência às versões que circulam pelas redes sociais sobre uma suposta piora em sua saúde e inclusive sobre sua morte.

"Infelizmente parece que teremos que nos acostumar, principalmente nos próximos meses, a viver sob rumores, porque isso é parte dos laboratórios de guerra psicológica, laboratórios de guerra suja que são ativados dia e noite em diferentes partes do continente, e certamente em Caracas".

O Governo venezuelano divulgou na noite de segunda-feira fotografias do presidente com seus familiares e colaboradores em Havana.

Chávez passou por uma cirurgia no dia 26 de fevereiro por um tumor cancerígeno, recorrência do câncer pelo qual foi operado em junho de 2011.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCâncerDoençasHugo ChávezPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala