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Em último discurso como premiê britânica, May trata Brexit como prioridade

Discurso foi feito instantes antes de May se dirigir ao Palácio de Buckingham, onde se encontrará com a rainha Elizabeth

Theresa May: primeira-ministra britânica fez seu último discurso no cargo na manhã desta quarta-feira, 24 (Jessica Taylor/Reuters)

Theresa May: primeira-ministra britânica fez seu último discurso no cargo na manhã desta quarta-feira, 24 (Jessica Taylor/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de julho de 2019 às 11h49.

Última atualização em 24 de julho de 2019 às 11h50.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, fez na manhã desta quarta-feira, 24, seu último discurso no cargo, antes que o ex-prefeito de Londres Boris Johnson, nomeado a líder do Partido Conservador, assuma a posição. "A absoluta prioridade é completar nossa saída da União Europeia (UE)", disse May, na Downing Street.

O discurso foi feito instantes antes de May se dirigir ao Palácio de Buckingham, onde se encontrará com a rainha Elizabeth. A primeira-ministra desejou sucesso a Johnson e agradeceu a colegas e apoiadores, além do povo britânico. "Minhas últimas palavras são de sincero agradecimento", afirmou.

Hammond renuncia

Nas últimas horas de Theresa May como primeira-ministra do Reino Unido, Philip Hammond entregou a ela a sua carta de renúncia ao cargo de ministro das Finanças, afirmando que o sucessor da conservadora, Boris Johnson, "tem de ser livre para escolher um chanceler (nome dado ao cargo no país) que seja inteiramente alinhado com a sua posição para a formulação de políticas".

Durante o seu mandato, Hammond foi um dos membros do governo mais vocais na mensagem sobre os perigos de um Brexit sem acordo e sobre a necessidade de se alcançar um entendimento para uma saída ordenada da União Europeia (UE).

Boris Johnson, eleito na terça-feira o novo presidente do Partido Conservador e que deve assumir como chefe de governo britânico nas próximas horas, centrou a sua campanha na promessa de que o Reino Unido deixará o bloco em 31 de outubro - atual data fixada para a separação após dois adiamentos - "com ou sem um acordo".

Além disso, em entrevista recente, Hammond afirmou que "não excluiria" nenhuma possibilidade após ser questionado se apoiaria uma moção de desconfiança contra o eventual sucessor de May como forma de impedir um Brexit sem acordo. No momento da declaração, ainda não se havia que essa pessoa seria Johnson, ainda que o ex-prefeito de Londres e ex-ministro das Relações Exteriores sempre tenha sido visto com amplo favoritismo.

"Apesar da incerteza criada pela questão não resolvida do Brexit fomos capazes de fazer progresso notável em reconstruir as finanças públicas e preparar a economia britânica para as oportunidades à frente", escreveu Hammond na carta de renúncia endereçada a May.

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