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Em texto conjunto, Obama, Sarkozy e Cameron afirmam que Kadafi levará Líbia ao caos

Eles defendem ainda a manutenção da intervenção militar no país em nome do processo que consideram ser de transição política

Imagem da TV líbia mostra Kadafi desfilando em Trípoli (AFP)

Imagem da TV líbia mostra Kadafi desfilando em Trípoli (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 22h36.

Brasília – Em texto conjunto, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, afirmam ser “impossível imaginar que a Líbia tenha futuro com [o presidente Muammar] Khadafi”.

Eles defendem ainda a manutenção da intervenção militar no país em nome do processo que consideram ser de transição política.

“Trata-se de afastar Khadafi pela força. É impossível imaginar que a Líbia tenha futuro com Khadafi. É impensável que alguém que quis massacrar o seu povo tenha um papel no futuro governo líbio”, diz o texto.

O comunicado assinado por Obama, Sarkozy e Cameron foi publicado em jornais da Europa, dos Estados Unidos e também em um veículo que circula nos países árabes. O artigo foi publicado no Le Fígaro (França), The Times (Grã-Bretanha), International Herald Tribune (EUA) e Al Hayat (veiculado em vários países de idioma árabe).

“A Líbia estaria condenada a ser não apenas um Estado pária, mas também um Estado falho”, diz o texto, referindo-se à possibilidade de Khadafi ser mantido no poder. “Qualquer compromisso que deixe Kadhafi no poder se traduzirá em mais caos e anarquia”, acrescenta o comunicado.

Obama, Sarkozy e Cameron afirmam que apenas com a presença militar estrangeira será possível garantir o processo de transição democrática na Líbia. “Então, poderá começar a verdadeira transição de um regime ditatorial para um processo constitucional aberto a todos, com uma nova geração de dirigentes.”.

Por fim, eles apelam para que a Organização das Nações Unidas (ONU) “ajude o povo líbio a reconstruir o que foi destruído por Khadafi”. Em seguida, Obama, Sarkozy e Cameron acrescentam: “É o povo líbio, e não a ONU, que escolherá sua nova Constituição, elegerá os seus dirigentes e escreverá o próximo capítulo da sua história”.

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