Quando está no instituto, Lula estaciona na garagem. Funcionários, segundo a assessoria, eventualmente param nas baias (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2011 às 09h53.
São Paulo - Embora seja espaço público, é preciso pagar R$ 5 para estacionar em uma baia com 35 vagas no fim da Rua Pouso Alegre, no Ipiranga, zona sul de São Paulo. Mensalistas pagam R$ 50. Dois homens, que se dizem donos do negócio, colocaram guarita no meio da via para fazer a cobrança. A Subprefeitura do Ipiranga chegou a fechar o espaço com blocos no mês passado, mas voltou atrás.
Na segunda-feira, sem se identificar, a reportagem pediu para deixar o carro ali. "Para estacionar, o preço é R$ 5, mas por quanto tempo quiser", explicou um homem. Ontem, ao ser informado sobre a reportagem, ele se identificou como Otávio Lima de Jesus e garantiu que está amparado pelo poder público, já que a subprefeitura reabriu o local após nove dias fechado.
Ele afirmou que a reabertura foi possível pela intervenção de seu sócio, Valdemir, que é caseiro no Instituto Cidadania, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O instituto existe desde 1992 e fica ao lado da baia. "Ele falou com o ex-presidente, que falou com o gabinete do prefeito Kassab e reabrimos o espaço. Desde 1993 estou aqui e as pessoas confiam em nós. Não estamos fazendo nada errado."
A assessoria de imprensa do Instituto Cidadania negou que Valdemir seja funcionário. Mas admitiu que ele "olha o prédio". Quando está no instituto, Lula estaciona na garagem. Funcionários, segundo a assessoria, eventualmente param nas baias.
A Subprefeitura do Ipiranga promete "apurar e fiscalizar (cobrança de espaço público), pois tal prática não é permitida". A secretaria informou que reabriu o local a pedido dos usuários. As informações são do Jornal da Tarde.