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Em reviravolta, Biden leva Wisconsin e se aproxima da vitória

Com a Pensilvânia e Michigan, Wisconsin faz parte do grupo de estados que deram a Trump a vitória supreendente na eleição de 2016

Biden: democrata tem virtualmente assegurada sua vitória mais importante até agora na acirradíssima corrida pela Presidência dos Estados Unidos (Brian Snyder/Reuters)

Biden: democrata tem virtualmente assegurada sua vitória mais importante até agora na acirradíssima corrida pela Presidência dos Estados Unidos (Brian Snyder/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 15h16.

Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 16h07.

O democrata Joe Biden tem virtualmente assegurada sua vitória mais importante até agora na acirradíssima disputa pela Presidência dos Estados Unidos: os dez votos do Winsconsin no colégio eleitoral.

Biden obtinha uma vantagem de pouco mais de 20.000 votos sobre Donald Trump com 99% das urnas apuradas. Há poucos minutos, autoridades do estado afirmaram que faltavam apenas cerca de 300 votos na contagem total, apesar de os dados divulgados para a imprensa não refletirem essa informação.

Com a Pensilvânia e Michigan, Wisconsin faz parte do grupo de estados que deram a Trump a vitória supreendente na eleição de 2016.

Recuperar esses três estados — conhecidos como “muro azul”, pois durante décadas eles eram solidamente democratas — é decisivo para as aspirações de Biden, embora ele ainda possa vencer sem conquistar a Pensilvânia dependendo dos outros resultados.

Meagan Wolfe, administradora da comissão eleitoral do Wisconsin, afirmou que o processo de conferência dos números começa hoje, e o resultado será oficializado em 1º de dezembro. Recursos na Justiça eventualmente impetrados pela campanha de Trump, portanto, devem ser apresentados antes dessa data.

(EXAME Research/Exame)

Também é possível que os republicanos exijam uma recontagem dos votos, o que é previsto nas leis do estado caso a diferença entre os candidatos seja inferior a 1% do total de votos.

Há quatro anos, Trump venceu em Wisconsin por uma diferença semelhante: 23.000 votos, de um total de cerca de 2,9 milhões de votos. Os democratas pediram uma recontagem, mas não houve alteração significativa no resultado: a vantagem de Trump aumentou 131 votos.

    O gerente da campanha de Trump, Bill Stepien, afirmou que o candidato irá pedir recontagem de votos em Wisconsin "imediatamente". A margem para a recontagem de votos no estado precisa ser de 1% e Trump deve pagar quase 3 milhões de dólares se quiser ir em frente caso a margem seja de menos de um quarto de 1%. Vale lembrar que um pedido de recontagem só pode acontecer dez dias após os resultados das eleições.

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