Papa Francisco: O boletim médico ressaltou ainda que o pontífice está "comovido com as muitas mensagens que continua recebendo" (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de junho de 2023 às 09h41.
Em recuperação após passar por uma cirurgia para corrigir uma hérnia e aderências abdominais na quarta-feira, 7, o papa Francisco continua com quadro estável e evolução regular, está sem febre e teve o soro suspenso na tarde desta sexta-feira, segundo boletim médico divulgado pelo setor de imprensa da Santa Sé.
O pontífice, internado no Hospital Gemelli, em Roma, continua se alimentando com uma dieta líquida e seus exames de sangue estão com resultados normais, ainda de acordo com o comunicado.
Nesta sexta, o papa rezou, trabalhou e recebeu a Eucaristia. O boletim médico ressaltou ainda que o pontífice está "comovido com as muitas mensagens que continua recebendo" e dedicou agradecimentos especiais às crianças internadas no hospital "pelo carinho e amor recebidos por meio de seus desenhos e mensagens".
"A elas, assim como à equipe médica, aos enfermeiros, aos agentes sociossanitários e aos assistentes espirituais que diariamente tocam a dor com as mãos, aliviando o seu peso, expressa a sua gratidão pela proximidade e pelas orações", diz o texto.
Normalmente, explicou o médico na quarta-feira, são necessários sete dias de hospitalização após a cirurgia, mas é preciso levar em conta “que o papa tem 86 anos, que já foi submetido a quatro cirurgias, que foi recentemente hospitalizado devido a uma infecção pulmonar”.
O estado de saúde do Pontífice argentino, eleito como líder da Igreja Católica em 2013, provoca com frequência especulações sobre uma eventual renúncia e sua provável sucessão.
Francisco já declarou em várias oportunidades que cogitaria renunciar — como fez seu antecessor, Bento XVI, morto em dezembro do ano passado — em caso de estado grave de saúde. Mas, recentemente, afirmou que a ideia não estava em seus planos.
O Papa, que comemorou o 10º aniversário de seu pontificado em março, costuma usar uma cadeira de rodas ou uma bengala para andar por causa de dores persistentes no joelho.
Em julho de 2021, ele teve parte de seu cólon removido em uma operação destinada a tratar uma doença intestinal dolorosa chamada diverticulite. Ele disse no início deste ano que a condição havia retornado.
No ano passado, o Papa disse que não queria operar o joelho porque a anestesia geral para a cirurgia do cólon trouxe efeitos colaterais desagradáveis.