Mundo

Em Paris, Trump se encontra com Macron

Os dois assistem a um desfile na Champs Elysées em comemoração aos 228 anos da Tomada da Bastilha

Encontro: a data também marca o centenário da entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundia

Encontro: a data também marca o centenário da entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundia

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2017 às 04h43.

Última atualização em 14 de julho de 2017 às 08h11.

O novo presidente da França, Emmanuel Macron, além de o novo queridinho da política no Ocidente, é também um cuidadoso estudante de história. Talvez por isso tenha escolhido uma data peculiar, este 14 de julho, para convidar o presidente americano Donald Trump para ir à França. Hoje, os dois assistem a um desfile na Champs Elysées em comemoração aos 228 da Tomada da Bastilha. A data também marca o centenário da entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, motivo da presença de Trump.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Macron tem se vendido como alguém capaz de dialogar com Trump, enquanto Londres e Berlim tentam manter distância do americano. Sabendo que Trump não poderia negar um pedido para participar de uma comemoração de quando seu país entrou em guerra, com tropas e aviões desfilando sob e sobre o Arco do Triunfo, Macron tratou de trazer Trump para perto. Juntos os dois devem discutir cooperações de interesse mútuo, como o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico.

Para a França de Macron, o assunto é dos mais caros. De 2015 pra cá, pelo menos 200 pessoas foram mortas em território francês pelo EI. Inclusive, depois do evento em Paris, Macron ainda parte rumo à cidade de Nice, onde, no dia da Bastilha do ano passado, 86 pessoas foram mortas e 464 ficaram feridas em um atentado que incluiu um terrorista do EI dirigiu um caminhão sobre a multidão.

Trump, que está na França desde ontem, jantou com Macron e as duas primeiras damas, Melania e Brigitte, em um restaurante na Torre Eiffel. Se tudo ocorrer bem, Macron pode ser a ponte efetiva entre os Estados Unidos, um tradicional aliado, e a Europa durante o governo do republicano. Ambição, isso vem ficando claro, não lhe falta. No ano passado ele criticou o então presidente François Hollande por ser um “presidente normal”. “Pessoalmente, eu não acredito em uma presidência normal. Os franceses não esperam por isso. Pelo contrário, tal conceito desestabiliza e traz insegurança”, disse Macron em uma entrevista no ano passado.

O presidente francês acredita no conceito da “presidência à Júpiter”, o deus dos deuses na mitologia romana, distante e dignificado. Em um feriado que simboliza a queda da monarquia, Macron se propõe um presidente com a pompa de um rei. Se vai durar, difícil saber, mas por enquanto, Paris é uma festa.                                                                                                                                             

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Mundo

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru

Alta tecnologia e inovação global: destaques da exposição internacional em Shenzhen