Mundo

Em noite de caos, protestos pela morte de George Floyd se espalham nos EUA

Manifestações foram registradas em 30 cidades. Ao menos uma pessoa morreu e policiais ficaram feridos. Em Los Angeles, lojas foram saqueadas

Policiais protegem a Casa Branca, em Washington, cercada por manifestantes na noite deste sábado (Alex Wong/Getty Images)

Policiais protegem a Casa Branca, em Washington, cercada por manifestantes na noite deste sábado (Alex Wong/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2020 às 09h34.

Última atualização em 31 de maio de 2020 às 09h47.

Um dia de protestos que começou pacífico terminou em caos e fúria nesta madrugada, nos Estados Unidos. Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra a morte do segurança negro George Floyd, assassinado por um policial branco na cidade de Minneapolis, Estado de Minnesota. Lojas foram saqueadas e carros de polícia avançaram sobre a multidão. A Guarda Nacional foi chamada para proteger a Casa Branca, cercada pelos manifestantes. 

“Somos uma nação machucada, mas não podemos permitir que a dor nos destrua. Somos uma nação com raiva, mas não podemos permitir que a raiva nos consuma”, afirmou o ex-vice-presidente Joe Biden, neste domingo.  

Pela manhã, as autoridades ainda estavam calculando o saldo da destruição. Carros foram incendiados na Filadélfia; em Los Angeles, lojas foram destruídas e saqueadas; na cidade de Richmond, policiais ficaram feridos e ao menos uma morte foi registrada, em Indianápolis, onde o departamento de polícia afirmou que “perdeu a conta” dos registros de tiroteios. 

Segundo a CNN americana, protestos foram registrados em ao menos 30 cidades. Entre elas, Nova York, Washington, Oakland, Houston, Atlanta, Kansas, Detroit, Las Vegas, Denver, San José e Memphis, Boston, Phoenix, Fort Wayne, Lincoln, Milwaukee e Chicago.

A onda de protestos começou após a divulgação de um vídeo em que o policial Derek Chauvin aparece ajoelhando sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos, enquanto Floyd grita: "Não consigo respirar!", até perder a consciência. A prisão e a acusação formal de Chauvin não conseguiram conter os ânimos. 

Os protestos descentralizados não são apenas por Floyd, mas pela perpetuação nos EUA de uma política de segurança que continua a mirar os negros, a despeito de revoltas semelhantes como a de 1992, quando manifestações violentas tomaram as ruas de Los Angeles após um júri composto majoritariamente por brancos absolver quatro policiais, também brancos, acusados de uso excessivo de força contra o motorista negro Rodney King.

O presidente Donald Trump, que ofereceu soldados e agentes de inteligência para pôr fim aos protestos, disse que as autoridades em Minnesota têm de ser mais duras com os manifestantes. Trump tem realizado consultas às lideranças de Segurança, entre elas o secretário de Defesa Mark Esper, desde que a morte de Floyd levou a protestos em diferentes cidades dos EUA.

Milhares de agentes adicionais da Guarda Nacional foram enviados a Minneapolis, no Estado de Minnesota, e tropas do Exército estavam de prontidão diante da perspectiva de mais uma noite de violentos protestos na cidade.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)ProtestosRacismo

Mais de Mundo

Em meio à tensão no Oriente Médio, Irã revela novos mísseis e drones em desfile militar

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano