Na gravação, o terrorista qualifica a revolta popular no Egito, de "uma grande revolução" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 06h18.
Cairo - O falecido líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, enalteceu as revoluções na Tunísia e no Egito em mensagem póstuma divulgada nesta quinta-feira em uma página islamita, na qual exorta seus seguidores a apoiarem os esforços para derrubar mais "opressores".
Em uma gravação de áudio com duração de 12 minutos e meio divulgada por um site que costuma publicar mensagens da Al Qaeda e de grupos afins, Bin Laden diz: "a revolução iluminou a Tunísia e com a queda do tirano caíram a humilhação, o servilismo e a passividade, enquanto foram despertados os significados de liberdade, orgulho e coragem e a iniciativa e os ventos da mudança chegaram a Tahrir (no Egito)".
O líder da Al Qaeda morreu em 2 de maio em uma operação militar americana em Abbottabad, nas cercanias da capital paquistanesa, Islamabad.
Na gravação, o terrorista qualifica a revolta popular no Egito, que terminou em 11 de fevereiro com a renúncia do presidente Hosni Mubarak, de "uma grande revolução, crucial para o Egito e para toda uma nação".
Além disso, dirigiu uma mensagem aos "revolucionários livres em todos os lugares", aos que descreve como "cavalheiros e dirigentes", e os exortou a darem sequência à iniciativa e ao caminho rumo ao objetivo.
"Vossa revolução é o lugar de esperança dos desconsolados e dos feridos. É uma grande e única oportunidade histórica para a libertação do servilismo dos desejos dos dirigentes, das leis impostas e da hegemonia ocidental", acrescenta Bin Laden.
O terrorista ressalta também a importância de criar uma comissão para responder a consultas e auxiliar os povos muçulmanos, e um centro de operações para assistir os que lutam contra seus "opressores" e os que têm de proteger suas revoluções.
Depois da morte de Bin Laden, a Al Qaeda nomeou como líder interino o egípcio Saif al-Adel, de 50 anos, que estava à frente da facção egípcia da organização terrorista fundada por Bin Laden, segundo informou a "CNN" nesta quarta-feira.